quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Governo unificará Ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior


futuro ministro da Fazenda, o economista Paulo Guedes, informou nesta terça-feira (30) que o governo unificará as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior. A declaração veio depois de participar de uma reunião, no Rio de Janeiro, com o presidente eleito Jair Bolsonaro e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciado como futuro ministro da Casa Civil.
“O Ministério da Indústria e Comércio já está com a economia. O Ministério da Economia vai ter Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio”, afirmou Guedes. Atualmente, o Governo Federal conta com 29 ministérios. Ainda durante a campanha, Bolsonaro garantiu que reduzirá o número para 15, unindo algumas pastas.
 

Por decisão do TRE, prefeito e vice de Conceição do Coité permanecem no cargo

Por decisão do TRE, prefeito e vice de Conceição do Coité permanecem no cargo
Foto: Reprodução / Interior da Bahia
O presidente do Tribunal Regional Eleitora da Bahia (TRE-BA), desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, concedeu hoje (30) efeito suspensivo à decisão que afastava o prefeito de Conceição do Coité, Francisco de Assis (PT), bem como a vice, Genivalda Pinto (PSD), dos respectivos cargos. O desembargador citou, entre outros pontos que fundamentam a tese apresentada para sustentar a nova decisão, que falta a “necessária robustez da prova da captação ilícita do sufrágio (do voto) para cassação do mandato”. Por isso, determinou que o acórdão que respaldava um eventual afastamento não fosse cumprido pela Justiça Eleitoral de Coité. 

O desembargador afirmou ainda que uma ação como essa não pode ter como base uma única testemunha, argumento apresentado pela defesa de Assis desde o início do processo. Para o presidente do TRE, a cassação, com acusações tão frágeis e que poderiam ser revertidas futuramente, pode provocar sérios prejuízos ao município. 

No processo, a defesa de Assis já provou que as acusações, feitas por adversários políticos inconformados com a derrota nas urnas, são frágeis. A testemunha Gilmara Mercês, denunciante da suposta compra de votos, mentiu ao afirmar que recebeu um vale gás para ir a um comício no qual o prefeito estaria presente, no Centro da cidade, quando, na realidade, Assis estava nesse mesmo dia e mesmo horário em um ato de campanha na zona rural do município.

Estudante de Caculé ganha prêmio nacional por produzir reservatório sustentável de água

Estudante de Caculé ganha prêmio nacional por produzir reservatório sustentável de água
Foto: Acervo pessoal
Quando recebeu a notícia que ganhou o segundo lugar do Prêmio Jovem Cientista, na categoria Ensino Médio, Sandro Lúcio Nascimento, de 17 anos, garantiu que o coração começou a acelerar e ele não acreditou que estava ganhando um prêmio nacional. O estudante do Colégio Estadual Norberto Fernandes foi premiado por produzir uma caixa d’água ecológica feita com fibra de coco e garrafa pet para economizar água.

Morador da zona rural do município de Caculé e filho de agricultores, Sandro contou que um dos problemas da cidade é não ter coleta seletiva. Sendo assim, o lixo na região onde ele mora tem dois destinos: aterro ou incineração, ambos nocivos para o meio ambiente. “Foi isso que me levou a questionar o que eu poderia fazer para resolver esse problema”, afirmou o estudante. Outro empecilho destacado por ele foi o desperdício de água potável no colégio, que era utilizada para irrigação, limpeza, entre outras atividades. “Foi aí que eu tentei relacionar os dois”, declarou. Diante desta situação, Sandro começou a pensar que estas atividades poderiam ser feitas com água da chuva, enquanto a água potável ficaria apenas para os bebedouros e para o uso na cozinha.

O projeto de Sandro consiste na captação da água da chuva através de um reservatório sustentável. No lugar onde estariam blocos de cimento, ele colocou garrafas pet, e para substituir a sílica, matéria-prima com que é feita o cimento, ele utilizou cinzas de coco. “Na minha região tem muita produção de coco, então no lugar da lenha que seria desmatada, utilizamos a casca do coco, e com o resíduo do forno produzimos o cimento, buscando assim uma melhoria na preservação do meio ambiente”, declarou. O estudante contou que, para entender o processo de produção do cimento, ele foi até uma fábrica em Brumado e estudou qual material seria melhor para substituir a sílica.

O projeto funciona com a captação da água da chuva através de calhas no telhado da escola. Como o município de Caculé está no polígono das secas do nordeste brasileiro, a ideia de Sandro pode servir de ajuda durante o período que falta água. “Aqui na nossa região chove apenas três meses e os outros nove meses não tem nada, só seca. Então tem muita ocorrência de faltar água em períodos de estiagem, e captando essa água poderemos economizar ainda mais essa água potável”, frisou Sandro.

Para a elaboração do reservatório, que comporta 150 m³, o estudante contou com o apoio da família e também dos professores da escola, que se empenharam para auxiliar nos estudos para a construção do depósito. O plano dele é estender a sua criação da escola para todas as residências. Para o seu futuro, o estudante planeja cursar medicina na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) que, segundo ele, é mais perto de casa.


Sandro participou da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que premia estudantes, pesquisadores e instituições de ensino desde 1981. O anúncio dos vencedores foi feito na sede do CNPq nesta terça-feira (30). Sandro foi o único baiano no rol de ganhadores em 2018. A entrega das premiações será realizada em dezembro, em solenidade no Palácio do Planalto.

TJ-BA abre licitação para realização de eventos em 2019 e pode gastar até R$ 6,8 milhões

TJ-BA abre licitação para realização de eventos em 2019 e pode gastar até R$ 6,8 milhões
Foto: Angelino de Jesus
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) abriu uma nova licitação para contratação de buffet, diárias de hotéis, transportes e equipamentos para realização de eventos. O valor máximo que a Corte poderá gastar é de R$ 6,8 milhões. Na última licitação, de 2017, o TJ homologou a ata de registro de preços para gastar até R$ 4 milhões em eventos, apesar de poder pagar até R$ 7 milhões .  O edital não especifica se nos itens já estão previstos os gastos para comemoração dos 410 anos de fundação do TJ-BA.  

De acordo com o texto, o TJ poderá gastar R$ 346,8 mil com contratação de equipe de fotógrafos, garçons, intérprete, manobristas, recepcionistas, mestre de cerimônias, entre outros profissionais. Para comunicação visual, com a confecção de banneres, faixas de mesa e certificados, por exemplo, poderão ser pagos até R$ 124,3 mil. Para locação de equipamentos e registro dos eventos em audiovisual, poderá haver o dispêndio de até R$ 96,2 mil. A categoria buffet poderá custar até R$ 3,1 milhões para realizar cafés da manhã, brunchs, almoços e jantares (com direito a bebida não alcoólica, sobremesa e café expresso) para atender entre 25 e 1.000 pessoas por evento. Com a locação de outros equipamentos eletrônicos, poderá gastar até R$ 573 mil. Com arranjos florais, R$ 235 mil. Locação de mobiliários como palco praticável, cavaletes, bancadas e mesas, R$ 692 mil. Para locação de espaço e auditório, o TJ poderá gastar R$ 1,3 milhão. Com 600 diárias de hotel, o TJ poderá gastar até R$ 200,6 mil e, em transporte, R$ 79 mil.

O edital justifica a necessidade da licitação para registro de preços diante da “crescente demanda por serviços relacionados a diversos eventos institucionais” do TJ-BA, por solicitação da Presidência da Corte e demais setores. A licitação contempla a realização de eventos como encontros, recepções, cursos, congressos, treinamentos, palestras, seminários, workshops, exposições, fóruns, inaugurações, simpósios e demais eventos afins e similares. A empresa vencedora da licitação, inicialmente, terá um contrato de um ano, que pode ser prorrogado por até 60 meses. O edital afirma ainda que a maioria dos eventos não pode ser identificada previamente, “uma vez que surgem programas, projetos e políticas públicas” que o Cerimonial juntamente com a Presidência do TJ venham a definir como primordial ou estratégica, “visando o alcance de suas metas e objetivos institucionais, sendo que a realização desses eventos poderá ocorrer nos mais diversos locais da capital e interior” da Bahia.

É exigido que a empresa contratada apresente condições e estrutura para realização dos eventos com “elevado padrão de qualidade, atendendo, com excelência, às demandas deste cerimonial”. Os valores referências da licitação foram baseados em valores de mercado.
           
Ao Bahia Notícias, a Corte informou que o contrato será por demanda e que tem disponibilidade orçamentária para cobrir os custos. Ainda frisou que é um contrato de previsão. “Não significa que vai se gastar todo o valor previsto. Convém ressaltar que o valor disposto na licitação inclui todas as despesas para o próximo exercício,  porque a lei determina que se faça uma previsão orçamentária para não ter que fazer vários processos licitatórios. É uma prática constante em todo o setor público”, diz o informe do tribunal. 

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Desemprego cai para 11,9% no terceiro trimestre e atinge 12,5 milhões

Desemprego cai para 11,9% no terceiro trimestre e atinge 12,5 milhões
Foto: Camila Domingues / Palácio Piratini
A taxa de desemprego no país caiu para 11,9% no terceiro trimestre, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (30).

De abril a junho, a desocupação havia ficado em 12,4%.

O movimento de julho a setembro foi impulsionado pelo aumento do trabalho informal, que fez a população ocupada aumentar em 1,5% no período, somando 92,6 milhões de brasileiros.

O número de desocupados, por sua vez, caiu 3,7% (-474 mil), para 12,5 milhões de pessoas.

"Tem uma retirada de pessoas da fila da desocupação, uma queda de quase meio milhão de pessoas. O problema maior desse avanço é que isso se deu em emprego sem carteira e por conta própria. É um resultado favorável, mas voltado para informalidade e aumento da subocupação", disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Risco de rebaixamento do Vitória chega a 60%; Bahia tem apenas 7%

Risco de rebaixamento do Vitória chega a 60%; Bahia tem apenas 7%
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
De acordo com o matemático Tristão Garcia, do site Infobola, a situação do Vitória ficou um pouco mais complicada depois do término da 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, finalizada na noite de segunda-feira (29), quando o Ceará venceu o Atlético-MG por 2 a 1, e subiu para a 13ª colocação com 37 pontos.  O time rubro-negro tem 33 e ocupa a penúltima posição. Antes, o Leão tinha 58% de risco de rebaixamento  e agora aparece com 60%. Já o arquirrival Bahia contabilizava 6% e subiu para 7%. O Tricolor é o 12º colocado e possui 37 pontos.

O estudo tem como base o mando de campo dos jogos e o retrospecto das equipes no Campeonato Brasileiro, bem como a dificuldade dos confrontos em função dos adversários.

Pelo Brasileirão, o próximo adversário do Vitória é o Paraná, domingo (4), às 16h (horário de Salvador), fora de casa, válido pela 32ª rodada. Já o Bahia vai pegar a Chapecoense, às 18h, na Arena Fonte Nova.

Cotado por Bolsonaro, Sérgio Moro não descarta participar de novo governo

Cotado por Bolsonaro, Sérgio Moro não descarta participar de novo governo
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro não descarta a possibilidade de aceitar o convite de Jair Bolsonaro (PSL) para participar do novo governo federal. De acordo com informações do jornal O Globo, ele se mostrou disposto a ser ministro da Justiça e aceitaria a indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Moro já afirmou a pessoas próximas que, ao participar do novo governo, ele afastaria o temor de setores da sociedade de algum tipo de quebra do Estado Democrático e de Direito. O juiz não declarou abertamente seu voto durante a campanha eleitoral, mas disse a interlocutores que a escolha pelo PT seria inaceitável por conta de seu trabalho na Operação Lava Jato.

Nesta segunda-feira (29), Bolsonaro afirmou em entrevistas na televisão que vai convidar Moro para ocupar uma vaga no Supremo ou o Ministério da Justiça. No entanto, uma vaga no STF só será aberta em quando o ministro Celso de Mello completar 75 anos.

Presidente do PSL diz que Bolsonaro fiscalizará agenda cultural e intelectual na Bahia

Presidente do PSL diz que Bolsonaro fiscalizará agenda cultural e intelectual na Bahia
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Presidente do partido de Jair Bolsonaro (PSL) na Bahia, Dayane Pimentel descartou qualquer hipótese de boicote político ao governo oposicionista de Rui Costa (PT) no estado. “Eu posso garantir que o Bolsonaro governará para a Bahia e acredito que o presidente eleito está para servir a sociedade mesmo em caso de governador petista”, comentou. 

Apesar de eliminada a hipótese de querer vencer a oposição desgastando o governo Rui por isolamento do governo federal, Pimentel deixa claro que Bolsonaro irá fiscalizar de perto a agenda intelectual e cultural do estado. 

“O Bolsonaro vai ser o grande fiscalizador cuidando da agenda cultural e intelectual. Essa apologia à ideologia de gênero e doutrinação escolar por meio dos direitos humanos terá fiscalização”, frisou a professora. “Essa será uma questão temática para o boicote, nesses termos, para favorecer a sociedade”, comentou Pimentel. 

Ao repetir que sanções políticas e econômicas não serão feitas a Bahia, Dayane voltou a defender que as manifestações culturais precisam de “melhora”. “Tendo em vista as questões ideológicas culturais, defendemos que os governos esquerdistas tem as piores perspectivas. Não estamos aqui para fazer boicote para essas questões, mas promover melhoria. Para fazer oposição aos esquerdistas e esse pessoal vai fazer oposição a nós”, justificou. 

Mais conhecida como Professora Dayane Pimentel, a baiana de Feira de Santana alcançou 136.742 votos e foi eleita a quarta deputada federal mais votada pela Bahia em 2018.

Brasil e Bahia apresentam tendências distintas em percentual de não voto na eleição

Brasil e Bahia apresentam tendências distintas em percentual de não voto na eleição
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

A soma de abstenções, votos brancos e nulos apresentam tendências distintas ao contrapor o eleitorado da Bahia com o do Brasil como um todo. A nível nacional, o chamado não voto vem crescendo no segundo turno das disputas presidenciais desde 2002. Já no plano estadual, considerando o mesmo período, ele apresenta queda.

A disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e José Serra em 2002 provocou na Bahia um não voto de 36% do total do eleitorado do estado. No embate entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) no último domingo (28), o percentual passou para 29,08%. Entre as duas eleições, apenas a de 2006 foi um ponto fora da curva. Nas demais, a tendência de queda se confirmou.

Considerando todo eleitorado brasileiro, no entanto, o não voto atingiu uma marca histórica neste domingo. Pela primeira vez desde pelo menos 2002, uma disputa de segundo turno pela Presidência teve índice acima de 30% de não voto. Nas eleições anteriores, houve oscilação, mas indicando um crescimento das abstenções e dos votos nulos e brancos.

Em entrevista ao Bahia Notícias, o cientista político Cláudio André Souza, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), levantou hipóteses para essas diferentes curvas. O crescimento do não voto pode estar relacionado à frustração do eleitorado com a política. Por outro lado, a queda dele teria a ver com o acirramento da disputa deste ano.

"O caso da Bahia talvez tenha uma relação muito prevalecente por conta do apelo da população", comentou Cláudio. "A radicalização das eleições propicia um aumento do interesse do eleitorado", explicou.

O cientista político ressaltou que a rejeição ao sistema político pode ter cumprido um papel importante dentro do cenário desta eleição, contribuindo para o desinteresse do eleitor em ir às urnas e optar por um candidato. "Talvez as abstenções e os votos brancos e nulos se refiram a esse fator. Uma crítica muito contundente ao sistema político", avaliou.

PT-BA promete oposição ferrenha e ‘elevar o tom’ contra governo eleito

PT-BA promete oposição ferrenha e ‘elevar o tom’ contra governo eleito
Foto: Montagem BN

A eleição do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da República contra Fernando Haddad (PT) neste domingo (28), além da ascensão da extrema direita e do conservadorismo na Câmara dos Deputados, atribuiu ao derrotado Partido dos Trabalhadores e siglas aliadas uma nova velha situação: voltar à oposição. Somente na Câmara, o capitão da reserva tem como aliados diversos partidos, principalmente os integrantes de bancadas temáticas como a ruralista, a evangélica e a da segurança pública. Todas as frentes com ideias e posturas contrárias às bandeiras tradicionalmente defendidas pela esquerda.

Os petistas baianos reconhecem que o tom adotado durante o governo de transição e a partir de janeiro, no governo Bolsonaro, será de oposição ferrenha e “a favor da democracia”. Ex-líder do governo Dilma Rousseff, Afonso Florence (PT) associa Bolsonaro e Michel Temer e afirma que o presidente em exercício e o eleito são ameaças a democracia, às liberdades individuais e sustentabilidade ambiental.

Neste sentido, segundo ele a bancada do PT-BA vai se opor a tudo que for proposto e considerado por eles como retrocesso. “Tudo que for defesa de direitos conquistados que eles [Bolsonaro e aliados] queiram retirar nós vamos nos opor”, garantiu.

Outro deputado federal do partido pela Bahia, Jorge Solla (PT) prometeu “aumentar o tom” ao defender as posições da esquerda e sugeriu que falhas na oposição poderão colocar “vidas em jogo”. "Temos a noção que a partir de hoje a vida de milhares de trabalhadores rurais sem terra e índios estão em jogo, que vidas de gays, travestis, de negros da periferia, de militantes da esquerda estão em jogo", afirmou Solla em nota. "Sei que, se nosso trabalho falhar, esses quatro anos podem durar décadas”, completou.

“O nosso papel o eleitorado definiu, é um papel de oposição, com essa pauta de defesa da democracia, dos direitos civis, liberdades individuais, e uma política de defesa do serviço público e da sustentabilidade ambiental, sempre atacadas retoricamente pelo presidente eleito”, sugeriu Florence.

PARTIDOS ALIADOS
O PSD baiano seguiu na contramão da executiva nacional, que já indicou interesse em apoiar Bolsonaro no Congresso Nacional, e no segundo turno apoiou o candidato petista ao Planalto. O senador eleito pela sigla na Bahia, Angelo Coronel, garantiu que vai observar e analisar as ideias e propostas sugeridas pelo presidente eleito no Congresso para aprovação com a balança baiana. “O que for bom para a Bahia, estarei apoiando”, garantiu.

“O que eu achar que vai de encontro ao nosso grupo político, serei opositor firme. O que for mandado de benefício pelo presidente, não terei problema nenhum em aprovar”, afirmou o atual presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), que integra o Senado a partir de fevereiro de 2019.

Coronel defendeu ainda que o Partido Social Democrático poderá assumir um papel de ponte entre o governo estadual e federal. “O PSD pode ser um interlocutor entre Rui e Bolsonaro, pois a grande maioria do partido apoiou Bolsonaro”, disse.

O deputado federal pelo PCdoB, Daniel Almeida, avalia que as pautas defendidas pelo capitão da reserva não são o melhor para o Brasil e pretende se opor “veementemente” a elas. “A convicção que nós temos é que o projeto que foi escolhido não é o melhor caminho para o Brasil. Vamos continuar debatendo nossa opinião, e buscando convencer de forma veemente e enérgica em torno da defesa das ações que nós não enxergamos no governo eleito o compromisso”.

Já o PP, garantiu que ainda não há uma posição definida. De acordo com o deputado federal Claudio Cajado, a sigla ainda não se reuniu para estabelecer o papel e o tom que será adotado em relação ao novo governo. “Não tive uma reunião ainda com o presidente estadual do partido, com o presidente nacional, e nem com a executiva do partido para discutir essa questão, então não podemos falar qual será o posicionamento agora”, disse Cajado que afirmou ainda que não há previsão de quando essa reunião de alinhamento será realizada.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Onyx Lorenzoni diz que tendência é encaminhar novo projeto de reforma da Previdência


Futuro ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RJ), já iniciou as articulações em prol da transição de governo. Essa semana, conforme ele, será de "organização".  
Dentre as mudanças, Lorenzoni cita como tendência encaminhar um novo projeto de reforma da Previdência em 2019, após a posse do presidente eleito. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (29), durante entrevista à Rádio Gaúcha. 
“A tendência é nessa direção para fazer bem feito e não fazer um remendo”, respondeu Onyx. Segundo o novo ministro, a reforma idealizada pelo novo governo deve levar em conta o princípio de separar a assistência social da previdência social. O democrata defendeu ainda uma reforma capaz de durar por 30 anos sem a necessidade de seguidas mudanças.
A primeira reunião da equipe do presidente eleito será na terça (29), também no Rio. O deputado levará ao encontro informações que já recebeu da Casa Civil sobre a situação do governo federal. 
Além de Onyx, devem participar da reunião Gustavo Bebianno (presidente do PSL), o senador eleito Flávio Bolsonaro (filho do presidente) e o economista Paulo Guedes, que chefiará a equipe econômica do futuro governo.
Na próxima quarta-feira (31) ele irá a Brasília para discutir a transição com o atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Na oportunidade, ele apresentará os primeiros nomes indicados para a equipe de transição. Conforme a lei,  50 pessoas, que ocuparão cargos especiais, comissionados e de caráter temporário, podem ser escolhidas. 

Temer: terminada eleição, é hora de todos continuarmos a trabalhar pelo Brasil

O presidente Michel Temer informou na noite deste domingo (28), pelo Twitter, que acabou de parabenizar o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pela "vitória histórica conquistada hoje". "Terminada a eleição, é hora de todos, unidos, continuarmos a trabalhar pelo Brasil", disse Temer na postagem feita no microblog.

Com 51,75% dos votos, Doria é eleito governador de SP

O ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) foi eleito governado de São Paulo no segundo turno das eleições de 2018. Com 97,26% das seções apuradas, o tucano tinha 51,75% dos votos válidos, contra 48,25% do atual governador, Marcio França (PSB)
Apesar de ter o resultado matematicamente garantido, Doria, que acompanhou a apuração em casa, deve vir para o local de comemoração, na Avenida Paulista apenas às 20h30, informou sua assessoria de imprensa. Em sua residência, ele também recebeu um telefonema de França cumprimentando-o pelo resultado.
Primeiro colocado no primeiro turno, o ex-prefeito da capital anunciou o apoio a Jair Bolsonaro (PSL) logo após o resultado no domingo, 7, e fez uma campanha abertamente colada à imagem do presidenciável, desde então. Ao mesmo tempo, ele atacou o adversário por ser aliado dos governos petistas, o que França negou.
Apesar de ter liderado durante toda a corrida, Doria viu Franca ganhar terreno na última semana e chegar à noite anterior numericamente empatado (50% a 50%), segundo o Ibope.
Doria tem 60 anos e nasceu em São Paulo. Filiado ao PSDB desde 2001, foi eleito prefeito da capital em 2016 no primeiro turno, fato inédito na história de São Paulo. Trazido ao cargo pelas mãos do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), Doria e seu padrinho político se distanciaram pouco mais de um ano depois, quando o primeiro deixou correr solta a especulação de que poderia ser o candidato do partido à Presidência este ano.
A situação levou os dois a montar estruturas de campanha separadas e, entre aliados do ex-governador, Doria é acusado de ter trabalhado pelo voto "Bolsodoria" já no primeiro turno.

Jair Bolsonaro é eleito presidente do Brasil

Jair Bolsonaro é eleito presidente do Brasil
Foto: Ricardo Moraes/Reuters
O deputado federal fluminense Jair Messias Bolsonaro, de 63 anos, foi eleito neste domingo, 28 de outubro de 2018, o novo presidente da República. Capitão da reserva, ele é o primeiro político saído do Exército a assumir o comando do país desde 15 de março de 1985, quando o general João Baptista Figueiredo deixou a Presidência para dar lugar ao advogado José Sarney, até então senador pelo Maranhão e vice de Tancredo Neves na chapa eleita indiretamente pelo Congresso.
Deputado federal pelo PSL (Partido Social Liberal), com cerca de três décadas de vida parlamentar, é também o primeiro presidente eleito fora da polarização entre PSDB e PT que marcava a corrida presidencial desde 1994. A posse será em 1º de janeiro de 2019.
Seu vice, Antônio Hamilton Martins Mourão (PRTB), de 65 anos, é general da reserva do Exército.
Pai de cinco filhos, Bolsonaro está em seu terceiro casamento, com Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro. Seus filhos são Flávio, eleito senador no Rio, Carlos, vereador também no Rio, e Eduardo, reeleito neste ano deputado federal por São Paulo com a maior votação para o cargo no país, todos do casamento com Rogéria Nantes Nunes Braga. É pai ainda de Renan, que teve com Ana Cristina Siqueira Valle, e de Laura, do atual casamento.
Bolsonaro nasceu em Campinas (SP), mas foi criado na cidade de Eldorado, a 243 km de São Paulo. Formou-se em 1977 na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), e chegou à patente intermediária de capitão. Em 1988, foi para a reserva, após ter sido eleito vereador no Rio de Janeiro. Ele já passou por oito partidos.
FONTE: Veja

Bolsonaro terá ao menos 14 governadores aliados

Bolsonaro terá ao menos 14 governadores aliados
Foto: Reprodução / Motagem / O Globo
Eleito numa onda conservadora que também chegou aos estados, o futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL) terá como aliados a maioria dos governadores nos próximos quatro anos. Dos 27 novos governadores que tomam posse em 2019, 14 apoiaram Bolsonaro no primeiro ou no segundo turno das eleições, quatro declararam-se neutros e nove apoiaram Fernando Haddad (PT).

O partido de Bolsonaro, o PSL, terá três governadores a partir do próximo ano: o bombeiro militar Comandante Moisés, em Santa Catarina, o policial reformado Coronel Marcos Rocha, em Rondônia, e o empresário Antonio Denarium, em Roraima.

Outros 11 estados serão geridos por governadores de outros partidos que alinharam-se a Bolsonaro ainda no primeiro ou no segundo turno, o que inclui os três maiores colégios eleitorais: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Parte dos governadores eleitos foram impulsionados pela onda conservadora e de renovação que saiu das urnas, a mesma que impulsionou a votação de Jair Bolsonaro.

Em São Paulo, o governador eleito João Doria (PSDB) foi um dos principais entusiastas da candidatura do PSL no segundo turno e pegou carona na popularidade do presidenciável ao pregar o voto "Bolsodoria".

Doria ainda adotou um discurso linha-dura em relação à segurança pública e chegou a afirmar que, em seu governo, a polícia de São Paulo irá atirar para matar.

Em Minas Gerais, o novato Romeu Zema (Novo) desbancou petistas e tucanos após aproximar-se de Bolsonaro -em um debate, no final do primeiro turno, pediu votos para o candidato do PSL. No segundo turno, apoiou abertamente o capitão reformado e saiu consagrado das urnas.

Já no Rio de Janeiro, o ex-juiz Wilson Witzel (PSC) colou sua imagem à do presidenciável e teve o apoio dos filhos de Bolsonaro na disputa pelo governo estadual.

Os governadores eleitos do Amapá, Pará, Espírito Santo e Tocantins optaram pela neutralidade, mas devem construir pontes com o novo presidente por meio de aliados.

A oposição ao novo presidente irá concentrar-se na região Nordeste. Oito governadores nordestinos que estão em campo oposto ao presidente, sendo quatro são PT: Rui Costa (BA), Camilo Santana (CE), Wellington Dias (PI) e Fátima Bezerra (RN).

Também serão oposição Paulo Câmara (PSB), em Pernambuco, João Azevedo (PSB), na Paraíba, Flávio Dino (PC do B), no Maranhão, e Belivaldo Cagas (PSD), em Sergipe.

A região deverá ser um dos principais desafios para o próximo presidente em temas como a segurança pública. Dos dez estados com maior número de homicídios por 100 mil habitantes do país, seis estão no Nordeste, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Com a escalada da violência e fortalecimento de facções criminosas na região, os governadores contam com parcerias com o governo federal para enfrentar o problema. Também está no Nordeste parte importante das grandes obras de infraestrutura em andamento, caso da transposição do Rio São Francisco e e da construção das ferrovias Transnordestina e Oeste-Leste.

O cenário adverso deve fazer com que os governadores nordestinos fortaleçam a atuação em bloco. Desde 2013, os governadores da região tem reuniões periódicas e a defendem de pautas comuns em questões como guarra fiscal, combate à violência e segurança hídrica.

No Nordeste, apenas o governador de Alagoas Renan Filho (MDB), reeleito para mais um mandato, manteve uma postura dúbia no segundo turno das eleições. Ele apoiou o presidenciável Fernando Haddad (PT) e recebeu como contrapartida o apoio dos petistas em seu estado. No segundo turno, contudo, o governador não teve uma atuação incisiva em prol do aliado e não participou de atos públicos.

Democracia é governo da maioria com respeito à minoria, diz Raquel Dodge

Democracia é governo da maioria com respeito à minoria, diz Raquel Dodge
Foto: Sérgio Lima / Poder 360
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a democracia foi construída por todos os brasileiros e que significa o governo da maioria com o respeito à minoria.

"A democracia orgulha todos os brasileiros, porque foi construída por todos. A democracia é o governo da maioria e o respeito à minoria", disse, após a divulgação dos resultado do segundo turno das eleições de 2018.

Ela afirmou ainda que a Constituição garante o respeito da dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos e da paz. "É responsabilidade legal do principal mandatário zelar pela Constituição, pelo livre exercício do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público".

Dodge disse também que as instituições públicas são fortes e atuam de forma harmônica e livre, e garantiu que o Ministério Público continuará a atuar a serviço da população no próximo governo. "O Ministério Público é independente e autônomo, e continuará a serviço do interesse público e da sociedade, honrando seu papel no próximo governo".

A procuradora geral ainda destacou o papel da imprensa nas eleições. "Saúdo a imprensa livre, que documentou com empenho renovado os principais fatos, informando o eleitor e contribuindo para que formasse sua convicção."

Bolsonaro venceu em apenas quatro cidades da Bahia; veja os municípios

Bolsonaro venceu em apenas quatro cidades da Bahia; veja os municípios
Foto: Lucas Arraz / Bahia Notícias

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) formou maioria de votos em apenas quatro municípios da Bahia: Luís Eduardo Magalhães, Teixeira de Freitas, Itapetinga e Buerarema. Nas outras 413 cidades Fernando Haddad (PT) venceu nas urnas, na maioria com mais de 60% dos votos válidos.

Na cidade do oeste baiano, Bolsonaro teve 58,8% dos votos. Para 41,20% dos eleitores de Luís Eduardo Magalhães, o petista deveria governar o país. Em Itapetinga, o percentual foi menor.

Em Buerarema, o novo presidente da República recebeu votos de 55,26% dos eleitores, contra 44,74% do petista.

O candidato do PSL foi opção para 53,69% dos itapetinguenses, enquanto 46,31% dos munícipes votaram em Haddad.

Em Teixeira de Freitas, a disputa foi acirrada. A diferença entre o presidente eleito e o candidato derrotado foi de pouco mais de 1.300 eleitores. Bolsonaro ficou com 50,97% dos votos válidos e Haddad com 49,03%.

Nas quatro cidades, o capitão reformado também venceu no primeiro turno. No entanto, duas cidades que registraram a vitória de Bolsonaro na primeira fase das eleições mudaram o placar. Itabuna deu 51,31% para Haddad neste domingo (28) e Ilhéus ultrapassou o percentual de 60% de apoio ao petista.

Gerson comenta fala de Raphinha após empate contra o Uruguai: “Querem vencer assim como nós”

                                                                                   Após o empate entre Brasil e Uruguai por 1 a 1, na Casa d...