Foto: Reprodução / TV Bahia
Monitores de ressocialização, que atuam em presídios concessionados na Bahia, podem entrar em greve na próxima semana. O não pagamento de uma convenção salarial assinada em agosto deste ano pela Socializa, empresa que administra presídios no estado, deve ser a força motriz do movimento grevista.
De acordo com o diretor financeiro do Sindicato de Ressocialização Prisional e Socioeducador (Sindap-BA), Antônio Reis, os monitores tiveram cortes de até R$ 600 no salário de R$ 1480 de dezembro. O valor chegou a esse patamar só convenção assinada com a categoria. “Os trabalhadores foram pegos de surpresa com o desconto. A gente passou três anos sem reajuste até garantir esse realinhamento”, comentou o diretor.
Segundo Reis, a Socializa culpa a falta de repasses do governo do estado pela falta de condições de realizar o pagamento completo de dezembro. “A empresa alega falta de caixa, diz que está com dificuldades financeiras e que teve pedido de reequilíbrio de contrato negado pelo estado”, falou.
Os monitores e a Socializa atuam na ala masculina do Complexo Penitenciário da Mata Escura, no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, e nas prisões de Itabuna e Vitória da Conquista. O sindicato se reuniu com os trabalhadores antes de marcar a assembleia que pode aprovar o indicativo de greve.
Caso o indicativo seja aprovado em assembleia, a categoria ainda terá que aguardar 72 horas para declarar greve.
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