A capital baiana e os demais municípios da Bahia recebem nesta sexta-feira (30) o Dia D de combate ao Aedes aegypti, ação realizada pela Prefeitura de Salvador e pelo governo do Estado. O intuito é mobilizar a população no enfrentamento dos focos do inseto que transmite doenças como a dengue, chinkungunya e o zika vírus.
A intensificação das ações ocorre em meio ao levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que revelou que três das dez cidades brasileiras com maior risco de contaminação pelo mosquito estão na Bahia. Os municípios foram Itaju da Colônia, Itabuna e Jaguarari.
Em todo o estado, foram registrados este ano 8.760 casos de suspeita de dengue, 4.080 de chikungunya e 1.296 do zíka vírus, de acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
Apesar da redução do indicador, Salvador permanece em estado de alerta para ocorrência de uma epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya. De janeiro a outubro, a capital baiana registrou 1.310 casos prováveis de dengue, sendo 41 confirmados. Foram notificados ainda 82 casos de chikungunya e 75 de zika, com confirmação de 11 e 18 casos, respectivamente.
A campanha contra o mosquito ocorreu ao longo de toda esta semana, com palestras, caminhadas, capacitação e mutirões de limpeza, seguindo a mobilização realizada em todo o País sob o projeto “O perigo é para todos. O combate também. Faça sua parte. Com ações simples podemos combater o mosquito”.
Conforme explica o coordenador do setor de Doenças Transmitidas por Vetores (CODTV), Gabriel Muricy, "a semana da campanha tem como objetivo mobilizar e sensibilizar as gestões estaduais e municipais para desenvolver ações integradas com os setores de saúde, educação, assistência social, meio ambiente e saneamento", prevenindo a proliferação das arboviroses.
Salvador - Entre as 8h e 14h desta sexta, mais de 1,5 mil agentes estarão inspecionando escolas, unidades de saúde, estações de metrô, hospitais público e privados, terreiros de candomblés e terrenos que apresentam maior vulnerabilidade para infestação do Aedes aegypti. Os profissionais de saúde também prestarão orientações em pontos turísticos da capital, além de palestras educativas em diversas instituições de ensino no município.
O encerramento da semana de mobilização acontecerá na Escola Municipal Dalva Matos, na Rua Aterro do Joanes, s/n, comunidade Prainha do Lobato, às 9h, no bairro do Lobato. O local foi escolhido devido ao estado de risco constatado no último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) na região do Subúrbio Ferroviário.
Na ocasião, os alunos da instituição e população local poderão assistir gratuitamente a apresentação teatral “Entrevista com o mosquito”, que abordará de forma dinâmica a prevenção e controle do vetor. Na mesma comunidade, haverá uma exposição de estandes e um abraço coletivo em volta Praça Dalva Matos.
TCU - O levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) teve como base o acompanhamento das ações do Ministério da Saúde para a prevenção, controle e combate ao mosquito Aedes aegypti e às doenças por ele transmitidas.
Itaju da Colônia, Itabuna e Jaguarari foram as cidades baianas que integram o grupo das dez cidades brasileiras com maior risco de contaminação pelo mosquito. Outros estados que apresentam situações semelhantes são Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas, Goiás e Rio Grande do Norte.
Entre agosto e setembro deste ano, a Sesab listou 10 cidades com Índices de Infestação Predial (IIP) acima da média, que é de 4%. Jaguarari despontou no topo da lista, com 16%. “É um índice elevadíssimo. A gente já começa a se preocupar quando com 4%. Existem municípios aqui, na Bahia, com até 30%”, disse o epidemiologista Antônio Bandeira em entrevista.
No levantamento da secretaria, Jeremoabo apareceu em segundo lugar, com 15%, seguida de Senhor Bonfim, que apresentou 13,1%
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