A reforma Trabalhista, aprovada em 2017, surgiu como uma resposta para o altíssimo desemprego que assolava (e assola) o país. Até o momento, os resultados não apareceram da forma prevista, com as milhões de contratações que eram esperadas. Uma pesquisa realizada pelo Insper com o banco Santander mostrou que a reforma não fez nenhuma diferença ou piorou a situação para grande parte dos pequenos e médios empresários do Brasil quando o assunto é contratação ou demissão.
“Na verdade, eu trato a reforma Trabalhista como um remédio amargo. Quando a gente está doente, às vezes precisa tomar um remédio e muitas vezes ele é amargo. O Brasil precisava fazer uma reformulação em suas leis trabalhistas, mas nenhum direito do trabalhador foi retirado. Isso foi uma falácia que foi colocada, inclusive pelos sindicatos. Esses, sim, perderam o seu poder de fogo quando você deixa de ter a contribuição obrigatória”, defendeu o deputado federal Cacá Leão (PP-BA), que votou a favor da reforma.
Ele disse que, se tivesse que votar, votaria novamente a favor da mudança, pois acredita que os deputados fizeram a sua parte. “Pode ser até que, daqui a algum tempo, a gente faça mais algum ajuste na reforma que foi votada, mas não dava para ficar do jeito que estava, com uma legislação de 30 anos atrás. Repito: nenhum direito do cidadão, que são Cláusulas pétreas da Constituição (férias, 13º), foi mexido como foi vendido por muitos que queriam se vangloriar e politizar esse assunto. Acho que a eleição acabou, muita gente perdeu, mas quem ganhou tem a missão e a condição de trabalhar e de lutar para melhorar a vida do povo brasileiro”, explicou o deputado federal.
Sobre as críticas ao trabalho intermitente, Cacá lembra que, quando a matéria foi discutida, ele partiu do pressuposto de que talvez seja mais vantajoso não ter uma carteira assinada do que ficar desempregado. “É melhor ter algum trabalho. É claro que todo mundo sonha em ter um bom emprego, mas a legislação trabalhista não retirou o tempo do almoço, por exemplo, e ainda fracionou as férias. Isso é feito de comum acordo entre o empregado e o empregador. É uma modernização do processo. É claro que tem alguns pontos que podem ser discutidos lá na frente, como a questão da mulher e da gravidez. Se for discutido, a gente vai procurar corrigir, mas alguma coisa precisava ser feita”, reiterou.
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