sexta-feira, 26 de abril de 2019

Decreto de Bolsonaro acaba com o horário de verão

Decreto de Bolsonaro acaba com o horário de verão
O Brasil não adotará mais o horário de verão a partir deste ano. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou nesta quinta-feira, 25, um decreto que extingue a medida, em cerimônia no Palácio do Planalto. As informações são da Agência Brasil.
A decisão foi baseada em recomendação do Ministério de Minas e Energia (MME), que apontou pouca efetividade na economia energética, e estudos da área da saúde, sobre o quanto o horário de verão afeta o relógio biológico das pessoas. “As conclusões foram coincidentes. O horário de pico hoje é às 15h e o horário de verão não economizava mais energia. Na saúde, mesmo sendo só uma hora, mexia com o relógio biológico das pessoas”, disse Bilsonaro, ressaltando que não deve haver queda na produtividade dos trabalhadores nesse período.
De acordo com o secretário de Energia Elétrica do MME, Ricardo Cyrino, a economia de energia com o horário de verão diminuiu nos últimos anos e, neste ano, estaria perto da neutralidade. “Na ótica do setor elétrico, deixamos de ter o benefício”, explicou.
Cyrino afirmou que o horário de verão foi criado com o objetivo de aliviar o pico de consumo, que era em torno das 18h, e trazer economia de energia na medida em que a iluminação solar era aproveitada por mais tempo. “Com a evolução da tecnologia, iluminação mais eficiente, entrada de ar-condicionado - que deslocou o pico de consumo para as 15h - e também a substituição de chuveiros elétricos [por aquecimento solar, por exemplo], deixamos de ter a economia de energia que havia no passado e o benefício do alívio no horário de ponta, às 18h”, explicou.
Sobre
O horário de verão foi criado em 1931 e aplicado no país em anos irregulares até 1968, quando foi revogado. A partir de 1985, foi novamente instituído e vinha sendo executado todos os anos, sem interrupção. Normalmente, o horário de verão começava entre os meses de outubro e novembro e ia até fevereiro do ano subsequente, quando os relógios deveriam ser adiantados em uma hora em parte do território nacional.

O secretário afirmou ainda que a medida pode ser instituída novamente no futuro. “Tivemos muitas alternâncias. Vamos continuar fazendo avaliações anuais e nada impede que, no futuro, caso venha a ser conveniente na ótica do setor elétrico, vamos sugerir novamente a introdução do horário de verão. Por hora, ele não faz mais sentido”.

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