terça-feira, 28 de maio de 2019

Otto sugere que ACM Neto abra mão de ministérios se DEM quiser distância do centrão

Otto sugere que ACM Neto abra mão de ministérios se DEM quiser distância do centrão
Foto: Reprodução / Marcos Oliveira / Agência Senado
Diante dos atos em favor do presidente Jair Bolsonaro com toques de críticas ao centrão neste domingo (26) , o senador Otto Alencar (PSD) refutou que o seu partido faça parte do bloco posto para Cristo nas ruas. O baiano ainda ponderou que o DEM deve abandonar cargos no governo federal se quiser também afirmar que a sigla não faz parte do grupo ou do governo.  

O baiano garantiu que nunca negociou ou pediu postos no governo e, por isso, não integra o bloco formado por PP, PL, DEM, PRB e Solidariedade (SD). 

Liderado por ACM Neto, o DEM possui três membros em cargos de destaque na Esplanada dos Ministérios com Tereza Cristina (Ministério da Agricultura), Luiz Mandetta (Ministério da Saúde) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil). Neto declarou nesta segunda (27) que o DEM nunca será centrão. 

“Como uma vez pontuou o senador Major Olímpio (PSL), se você não quer carregar o piano, pelo menos saia de cima e não faça peso em cima do piano. Quem não faz parte do centrão ou do governo é o PSD que não tem cargos em ministérios”, argumentou Otto após os protestos deste fim de semana. 

Por mais que sua existência seja negada pelos políticos de Brasília, o centrão é conhecido como o conjunto não oficial de partidos políticos que tem por objetivo assegurar uma proximidade ao poder Executivo de modo que garanta cargos e benefícios. 

Nos bastidores, o que se diz é que o PSD tentou se afastar do grupo que virou alvo de críticas por apoiadores de Bolsonaro votando pela manutenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Justiça. A devolução do órgão ao Ministério da Economia pela Câmara foi considerada uma vitória do centrão na queda de braço contra o ministro Sérgio Moro e o presidente Bolsonaro (veja aqui). 

Líder do PSD no Senado, Otto declarou que vai pedir aos pares que votem novamente pela manutenção do Coaf com Moro no parlamento. O baiano pediu para que os deputados do PSD-BA votassem nesse sentido na Câmara e repetirá a orientação para a bancada liderada no Senado.

Para Otto, o motivo para o voto é ideológico e não uma tentativa de se afastar do centrão. “Já ajudei o governo e posso aprovar outras matérias de interesse, mas não quero participar do governo”, pontuou o senador.  Senadores de vários partidos afirmam ter votos suficientes para aprovar a manutenção do Coaf sob o controle do ministro de Sergio Moro nesta terça-feira (28) (saiba mais aqui). 

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