Foto: Reprodução / G1
Nos primeiros seis meses do governo Jair Bolsonaro (PSL) as contas do governo federal acumularam um déficit de R$ 28,9 bilhões. O resultado, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta sexta-feira (26), é o quarto pior da série histórica iniciada em 1997.
A conta do sistema previdenciário foi a principal responsável pelo rombo. No semestre, Tesouro e Banco Central registraram superávit de R$ 66,1 bilhões, enquanto a Previdência teve déficit de R$ 95 bilhões.
"Os benefícios previdenciários são o maior componente das despesas obrigatórias, o que reitera a importância da aprovação da reforma da Previdência que está sendo apreciada pelo Congresso", afirma o Tesouro.
O órgão ressalta que a aprovação da proposta muda o cenário de elevação insustentável de gastos, mas não dispensa outros ajustes, como medidas que controlem os gastos com a folha de pagamento de servidores públicos.
A meta fiscal estabelecida para o encerramento deste ano é de déficit de R$ 139 bilhões. Até junho, o resultado acumulado em 12 meses está negativo em R$ 117,6 bilhões, ainda abaixo do limite.
O baixo nível de atividade econômica vem dificultando o trabalho do governo de manter as contas dentro da meta.
Neste mês, o Ministério da Economia revisou para baixo a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019, de 1,6% para 0,81%.
O enfraquecimento da economia leva a uma redução na arrecadação de tributos. Nesta semana, por exemplo, a equipe econômica baixou quase R$ 6 bilhões nas projeções de receita para este ano.
A mudança nas contas obrigou o governo a fazer mais um corte em recursos de ministérios. Depois de bloquear quase R$ 30 bilhões no Orçamento em março, uma limitação adicional de R$ 1,4 bilhão foi anunciada nesta semana.
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