Foto: Montagem / Bahia Notícias
A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) para a embaixada do Brasil em Washington (EUA) pelo seu pai, o presidente da República Jair Bolsonaro, gerou muita repercussão dentro e fora do país, incluindo diversas críticas . Mas os deputados baianos que integram a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, presidida por Eduardo, a sugestão de seu nome pode ser "positiva" para o país.
Eduardo Bolsonaro sustentou sua indicação por já ter feito intercâmbio nos Estados Unidos e ter fritado hambúrguer no país . O "guru da direita" Olavo de Carvalho viu como "retrocesso" a ida do deputado para a embaixada .
O deputado federal José Rocha (PL) vê qualidades que poderiam auxiliar o colega de Parlamento no trabalho. "É um jovem deputado, fala muito bem, domina o inglês, tem um bomn relacionamento com o governo americano e tem todas as condições", analisou.
"Eu até sou suspeito, pois sou vice-presidente (da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional). Ele tem bastante dinamismo, tem pautas importantes para o relacionamento com outros países", comentou José Rocha ao Bahia Notícias, ao falar sobre a condução da presidência da Comissão.
Já Leur Lomanto Jr (DEM) indica que outros politicos já assumiram embaixadas no exterior. "Itamar Franco, Paes de Andrade, ex-presidente da Câmara, entre outros. Não vejo porque com o deputado Eduardo ser diferente. Se ele está apto ao cargo, e é legal nomear mesmo sendo de fora do Itamaraty, não vejo porque ele não ser embaixador", cita ele.
"É primeiro prerrogativa do presidente escolher os embaixadores, e vejo sinceramente na pessoa do presidente Eduardo, não só pelo trabalho na comissão mas pela sua experiência na área internacional, totais condições de assumir a embaixada do Brasil. O presidente dos EUA demonstrou interesse em uma relação próxima não só com o presidente, mas com o deputado Eduardo. Eu acho que para as relações diplomáticas, politicas e comerciais entre Brasil e EUA isso seria muito importante", analisa Leur.
A condução da comissão na Câmara é vista pelo democrata como equilibrada."Ele tem conhecimento, fala 3 ou 4 idiomas. Pela condução à frente da presidência da comissão ele esta preparado para assumir esse desafio", pondera.
"Diante do interesse de ambos os governos de estreitar as relações comerciais, esse seria um gesto importante, colocar o filho do presidente, e demonstrando que tem as prerrogativas e conhecimento da politica externa brasileira", conclui Lomanto.
Caso a indicação do seu filho e deputado Eduardo Bolsonaro seja feita, ele precisaria renunciar ao mandato e depois passar por uma sabatina no Senado e pela confirmação no Plenário da Casa.
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