Sindicato patronal baiano critica falta de clareza de Fisco: 'Prazer em fechar indústria'

Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

A carga tributária do Brasil, assim como a fiscalização e orientações a cerca das declarações à Receita Federal foram alvo de duras críticas do presidente do Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes, Produtos de Limpeza em Geral, Aditivos de Uso Industrial e Velas do Estado da Bahia, Juan Lorenzo. “Se a gente tivesse uma carga tributária de 20% com certeza o mercado não seria de R$ 2,5 bilhões seria de R$ 5 bilhões”, disse Lorenzo nesta quarta-feira (10), durante o lançamento da terceira edição da Expotech .

“Porque quanto mais caro o produto, menos se vende, menos a pessoa tem possibilidade de comprar. O consumidor compra menos”, justificou o empresário. A crítica ao Fisco seguiu pela falta de clareza e ao modo como é feita a fiscalização do pagamento dos impostos: “só para eu calcular esse imposto preciso colocar 10% do meu pessoal pra fazer isso”. “Resolveu o problema? Não”, acrescentou em seguida ao afirmar que por mais gente que se debruce sob as declarações, aparentemente nunca sairão como esperado pela Receita. "O de menos é uma carga tributária de 40%. O problema é calcular os tributos", provocou o dirigente sindical.

Lorenzo destacou que mesmo com todo esforço para fazer tudo corretamente, “vem lá um fiscal e diz ‘olha, seus últimos cinco anos você calculou errado, então você vai ter que pagar multa de 100% e imposto de cinco anos’”.

Para o presidente do sindicato, o governo deveria fiscalizar melhor e apontar erros logo que fossem cometidos, para que as pessoas pudessem aprender com eles. Mas, segundo ele, nada disso não é feito. “Eles não querem fazer, tem prazer em fechar indústria”, alfinetou Juan Lorenzo.