quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Setembro Amarelo: campanha aborda prevenção ao suicídio

O suicídio está sendo tratado, cada vez mais, como um problema de saúde mental e saúde pública, mas, por ser considerado tabu, é pouco abordado. Desde 2015, no Brasil, a campanha Setembro Amarelo busca falar sobre o assunto, de maneira direta, a fim de alertar e prevenir. O mês de setembro foi escolhido para aproveitar a data de 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para buscar romper o silêncio sobre o assunto.
“Falar é a melhor solução” é o slogan do Setembro Amarelo. De acordo com o site oficial da campanha no Brasil, esse é um “mal silencioso”, tabu, do qual não se fala; no entanto, segundo a OMS, 90% dos suicídios poderiam ser evitados se fossem percebidos os indícios. Como explica o psicólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Danilo Faleiros, são mortes passíveis de intervenção e podem ser evitadas na maioria das vezes. “Alguns casos escorrem pelas mãos da gente. São aquelas pessoas que não se manifestam sobre a ideia de suicídio ou não têm a oportunidade se manifestar, mas na maioria das vezes a morte pode ser evitada”, afirma.
No mundo, o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas, segundo a OMS. É a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos – a primeira é a violência. No Brasil, em 2015, o suicídio foi uma das principais causas de morte nessa mesma faixa etária, juntamente com violência e acidentes de trânsito, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
O suicídio aumentou gradativamente no Brasil entre 2000 e 2016: foi de 6.780 para 11.736, uma alta de 73% nesse período. As maiores taxas de crescimento foram registradas entre jovens e idosos, do acordo com o Ministério da Saúde. A incidência de suicídio entre a população brasileira passou de 4,1 em 100 mil habitantes no ano 2000 para 5,5 em 100 mil habitantes em 2016. O Rio Grande do Sul é, historicamente, o estado brasileiro com mais casos de suicídio. O índice, no mesmo período, foi de 10,1 para 10,4 a cada 100 mil pessoas.

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