Foto: Reprodução / G1
o segundo pregão consecutivo, a Bolsa brasileira atingiu uma nova máxima histórica nominal. O Ibovespa, maior índice acionário do país, subiu 1,3%, a 107.381 pontos, patamar inédito, nesta terça-feira (22).
O dólar acompanhou e recuou 1,35%, a R$ 4,076, menor patamar desde 4 de outubro. Dentre as moedas emergentes, o real teve o melhor desempenho da sessão, de acordo com o G1.
O bom humor do mercado se deve a votação, e provável aprovação, da reforma da Previdência em segundo turno no Senado, o último passo do projeto no Congresso.
O volume negociado na Bolsa, inclusive, superou a média diária, com giro de R$ 18,4 bilhões.
Também contribuiu o cenário externo positivo, com uma maior probabilidade de acordo para o brexit e com a melhora na guerra comercial entre China e Estados Unidos.
O mercado doméstico se anima ainda com a expectativa da Selic a 4,75% ainda este ano, reforçada pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15, prévia da inflação oficial) fraco em outubro. Alguns analistas chegam a prever a taxa abaixo de 4% ao final do ciclo de cortes promovidos pelo Banco Central, cuja próxima decisão será na quarta-feira que vem (30).
Também há grande expectativa os balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana. Nesta quinta (24), Vale e Petrobras divulgam seus resultados.?
Investidores veem com bons olhos a antecipação do calendário de liberação do FGTS e a urgência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na tramitação da reforma administrativa e da PEC que antecipa medidas de corte despesas.
Somando os pregões desta segunda (21) e terça (22), a semana já é a mais positiva para a Bolsa desde agosto, quando o índice retomou o patamar dos 100 mil pontos.
No entanto, das últimas vezes que bateu recorde, a Bolsa não sustentou os patamares. Depois de chegar a 105 mil pontos, o Ibovespa mergulhou aos 96 mil pontos.
“Agora resta saber se a Bolsa consegue manter esse patamar por mais tempo. Por enquanto, o mundo mais calmo está nos ajudando”, afirma Rodrigo Franchini, sócio e head de produtos da Monte Bravo.
Apesar do bom momento, os estrangeiros continuam saindo do mercado acionário brasileiro. Até 18 de outubro, o saldo deste mês de investimentos estrangeiros na Bolsa está negativo em R$ 11,5 bilhões, o pior desempenho mensal desde 2008.
No acumulado de 2019, a saída de estrangeiros, considerando IPO e follow-on, é de R$ 5,4 bilhões.
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