O mês de novembro registrou queda de 1,2% na produção industrial, após três meses seguidos de alta, informou nesta quinta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O recuou foi o pior para novembro desde 2015, quando a indústria caiu 1,9%.
Em 2019, no período correspondente entre janeiro e novembro, o índice teve queda de 1,1%. Já na análise referente aos últimos 12 meses, o recuo foi de 1,3%. O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias registrou queda de 4,4% e foi uma das principais influências negativas para a indústria em novembro. Porém, o IBGE ressaltou que é normal esse movimento na área.
"É comum que a produção de automóveis seja elevada nos meses de setembro e outubro e reduza no final do ano, por conta de férias coletivas", diz o gerente da pesquisa, André Macedo. De acordo com o IBGE, o setor industrial se encontra 17,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. O gerente da pesquisa ressaltou que a marca negativa de novembro eliminou parte do crescimento obtido nos meses anteriores da indústria.
"Dezesseis categorias, dentre as vinte e seis avaliadas, tiveram queda", apontou Macedo. Influenciado pela volatilidade do açúcar, o setor de produtos alimentícios foi um dos que registraram queda, de 3,3%, enquanto a indústria extrativa marcou 1,7% negativos. Produtos químicos (1,5%), de máquinas e equipamentos (1,6%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5,7%), de celulose, papel e produtos de papel (1,8%), de produtos de minerais não-metálicos (1,8%) e de metalurgia (1,1%) acompanharam as contribuições negativas.
Entre as quatro grandes categorias, todas assinalaram resultados negativos no mês de novembro. A de bens de consumo duráveis foi a que teve o maior recuo, de 2,4%, puxado principalmente pela queda na produção de automóveis. De janeiro a novembro, porém, acumulou ganho de 2%. A categoria de bens de consumo semi e não duráveis teve queda de 0,5% em relação a outubro, mas acumulam alta de 0,8% no ano, principalmente por conta da expansão de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (1,9%).
Já bens intermediários teve desempenho negativo de 1,5% em relação ao mês anterior e de 2,2% em 2019, refletindo a queda no setor extrativo. Bens de capital registrou recuo de 1,3%, mas no ano mostra taxa positiva de 0,2%.
FONTE: Folhapress
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