O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que há uma “criminalização da advocacia” diante do questionamento do contrato do escritório de sua esposa, a advogada Helena Witzel, com empresas investigadas por desvios de verbas da Saúde do Rio. A suspeita é que as empresas tenham repassado verbas para o escritório de advocacia da primeira-dama.
Ele quer providências da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Estão criminalizando advocacia. Quer dizer que filho de ministro, esposa de ministro, se estiver advogando, está recebendo alguma vantagem? A OAB precisa se pronunciar sobre isso". Witzel diz que o contrato de advocacia da esposa está sendo questionado “sem indicação de atos ilícitos” contra ele. “Que indicação que eu dei?”, questionou em pronunciamento à imprensa na manhã desta sexta-feira (28).
O afastamento de Witzel foi determinado pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a pedir a prisão do governador. Segundo o jornal O Globo, para embasar o pedido, a PGR citou a apreensão de um e-mail escrito pelo governador, com orientações para que os interessados no negócio redigissem o contrato com o escritório de Helena. Além disso, o órgão apontou a existência de suspeitas de obstrução da investigação. Uma testemunha disse aos investigadores que Witzel teria determinado uma operação de espionagem contra os procuradores que o investigam
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