sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Covid-19: Bahia se aproxima de número de internados em UTI do pico da pandemia

 

Covid-19: Bahia se aproxima de número de internados em UTI do pico da pandemia
Foto: Paula Fróes / GOVBA

A Bahia registra, nesta quinta-feira (14), 725 pessoas internadas em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais públicos voltados para o novo coronavírus. Com 8.127 casos ativos, vemos o avanço da pandemia em um momento em que há poucas medidas de restrição no estado. Mas a situação pode ser ainda pior do que se imagina.

 

Segundo informações oficiais divulgadas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), no dia 5 de julho, o estado tinha o mesmo número de casos graves ocupando leitos de UTI Covid-19, mas 26.292 casos ativos da doença, mais do que o triplo do que temos agora. Esse número pode indicar uma grave falta de testagem e impede uma compreensão real do panorama que enfrentamos.

 

Julho foi o pior mês da pandemia na Bahia. No dia 13 de julho, alcançamos o recorde de casos ativos (30.221). No dia 18, o recorde de mortes no dia - 81 até o momento, já que ainda há um atraso consideravel na notificação das mortes.

 

 


TAXA DE INTERNADOS
Um outro dado que pode indicar que há poucos testes de Covid-19 sendo feitos pelos municípios baianos é a taxa de internação entre os casos ativos. No dia 13 de julho, com o pico de casos ativos, a Bahia registrava 5% de internações entre aqueles que estavam com a doença. Nesta quinta, essa porcentagem era de 15%.

 

Como não há uma indicação de que haja uma mutação mais grave da doença, que leve mais pessoas aos hospitais, isso pode apontar que na verdade apresentamos mais casos ativos do que os atualmente divulgados pela Sesab.

 

 

MENOS RESTRIÇÕES
Desde março de 2020 a Bahia suspendeu as aulas presenciais em todas as unidades de ensino, públicas e privadas, e os grandes eventos, como shows e convenções. Porém, em julho o poder público já tinha imposto uma série de restrições para várias categorias que neste momento de crescimento de casos já não estão mais em vigor.

 

Para se ter uma ideia, apenas no dia 24 de julho a prefeitura de Salvador permitiu a reabertura de shoppings e grandes lojas, na primeira fase da retomada econômica na capital baiana. À época ainda estavam fechados academias, salões de beleza, lanchonetes, bares e restaurantes, por exemplo.

 

Já o estado tinha 390 cidades com o transporte intermunicipal suspenso e as rodoviárias fechadas. Um dia antes, o governador Rui Costa chegou a decretar toque de recolher nas cidades de Cachoeira, Coribe, Correntina, Poções, Santa Maria da Vitória e São Félix, por causa do crescimento de casos.


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