terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Ministério da Saúde admite interesse na Sputnik V, mas só após autorização da Anvisa

 

Ministério da Saúde admite interesse na Sputnik V, mas só após autorização da Anvisa
Foto: Divulgação/ Sputnik V

O Ministério da Saúde informou ao Fundo de Desenvolvimento da Rússia e ao laboratório brasileiro União Química ter "grande interesse" na compra da vacina contra Covid-19 Sputnik V, caso ela tenha uso autorizado no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As intenções de adquirir o imunizante foram reiteradas em ofício enviado em 20 de janeiro pelo secretário-executivo do ministério, Antônio Élcio Franco Filho. 

 

A vacina é desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, e produzida no Brasil em parceria com a União Química. No documento, Élcio Franco diz que o Ministério da Saúde tem "grande interesse em dar continuidade aos diálogos proveitosos com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), por intermédio da empresa União Química, no sentido de eventualmente integrar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 no Brasil." Ele ressalta, no entanto, ser necessário que a União Química apresente dados de eficácia geral de mais de 50% no Brasil, como determina a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Anvisa.

 

O secretário também afirma que, para submeter o pedido de uso emergencial do imunizante à agência reguladora, a vacina precisa ter passado pela fase 3 de testes no país. "Comprovada a submissão à Anvisa do pedido de registro para uso emergencial e temporário da vacina, este Ministério está disposto a formalizar tratativas comerciais com essa empresa para a eventual aquisição de lotes do imunizante, de forma a aumentar o mais brevemente possível a oferta de imunizantes à população brasileira, conforme cronograma de disponibilização de quantidades de doses a serem fornecidos por essa empresa", diz trecho do ofício.

 

A posição do Ministério da Saúde corrobora a da Anvisa, que disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) só ser possível decidir sobre aprovação de uso emergencial da vacina quando ela for submetida a testes de fase 3 no Brasil. O governo da Bahia ingressou com ação direta de inconstitucionalidade na Corte, na qual pede que a autoridade sanitária analise a autorização sem esta etapa, já realizada em outros países que estão utilizando o imunizante.  O estado tem acordo com a Rússia para disponibilizar e comercializar 50 milhões de doses da Sptunik V no Brasil.  

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