A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou a suspensão da greve da categoria na Bahia, no Espírito Santo, no Paraná e em Santa Catarina, após a Petrobras solicitar a retomada das negociações com os trabalhadores. A empresa de economia mista realizou o pedido através de um documento entregue ao Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) no último sábado (3), cerca de 30 dias após o início da paralisação.
Conforme informações da FUP, os petroleiros discutem com a Petrobras o tratamento que será dado pela empresa aos dias e horas parados; a parada de manutenção da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que vem sofrendo com um surto de Covid-19; além da discussão da pauta corporativa dos trabalhadores próprios e terceirizados, que tratam da segurança no trabalho e da redução do efetivo.
O Sindipetro-BA e a FUP afirmam que a retomada das negociações sempre foi o desejo da categoria, inclusive exposto em diversos comunicados sobre o movimento grevista. Entretanto, segundo os sindicalistas, a gestão da Petrobras não sinalizou com qualquer possibilidade de diálogo antes de recorrer à Justiça, onde conseguiu impor, através de liminar, uma multa diária de R$ 100 mil aos grevistas.
“Infelizmente a gestão da Petrobras age no sentido de criminalizar o legítimo direito de trabalhadores e trabalhadoras de reivindicarem direitos, por meio da legislação que garante o direito de greve. Mesmo sinalizando agora com a possibilidade de diálogo, a direção da empresa ainda preferiu ameaçar judicialmente a categoria petroleira. É lamentável, porque não é primeira vez que o movimento sindical é criminalizado”, reclamou o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Na semana passada, o Sindipetro de Minas Gerais suspendeu a greve, por a Petrobrás ceder a alguns pontos da pauta e retomar a negociação com o sindicato.
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