Quarenta e oito pontos. Esse é o número que todos os clubes nordestinos que disputam a Série A do Brasileirão em 2021 alcançaram juntos em nove rodadas. A marca é a melhor desde o início do campeonato de pontos corridos, em 2003. A segunda melhor (43) ocorreu em 2020, segundo levantamento realizado pelo Bahia Notícias. Quando unidas as duas primeiras divisões, a pontuação sobe para 124. É a terceira melhor, atrás apenas de 2014 e 2015, anos em que os clubes do Nordeste conseguiram 125.
Os dados também demonstram que a 9ª rodada de 2021 marca a vigésima primeira vez em que nenhum clube da região ocupa a zona de rebaixamento em nenhuma das duas principais competições de pontos corridos do país.
Ou seja, de 1.149 rodadas de Brasileirão, apenas vinte e uma terminaram sem clubes do Nordeste no Z-4. Antes de 2020, foram apenas oito. O Vitória deu um impulso para o feito, já que deixou a zona no último sábado (3), ao empatar com o Goiás em 1 a 1.
As séries A e B deste ano possuem 10 equipes do Nordeste, recorde que foi igualado após 6 anos. Porém, assim como nas três últimas temporadas, 2021 conta com quatro nordestinos na Primeira Divisão, enquanto em 2014 eram três. Vale lembrar que, desde 2003, sempre houve um clube da região rebaixado de divisão, exceto em 2020.
Na Série A, as campanhas de destaque são de Fortaleza (5º colocado, com 15 pontos) e Bahia (6º, com 14). O Ceará também vai bem: é o 8º, com 13 pontos. O único que está abaixo até o momento é o Sport, que atualmente amarga a 16ª posição, com seis pontos - um a mais que o São Paulo, primeiro clube na zona de rebaixamento.
A Segundona, por sua vez, tem três equipes da região na briga pelo acesso. O Náutico voa, até o momento. Invicto e líder, o Timbu possui 21 pontos em nove rodadas. O Sampaio Corrêa está logo na cola, em terceiro, com 18. Já o CRB ocupa a quinta colocação, com 14 - dois a menos que o Goiás, primeiro clube no G-4.
Enquanto isso, CSA e Vitória estão mais abaixo na tabela. O Azulão é o 14º, com 8 pontos, e demitiu neste domingo (4) o técnico Bruno Pivetti (lembre aqui). O Leão é o 16º, com 7 - mesma pontuação do Brasil de Pelotas, equipe que abre o Z-4.
Parte desse sucesso pode ser explicado a partir dos maiores investimentos dos clubes nos últimos anos, a partir da estruturação. O Bahia prevê para 2021, mesmo com a pandemia, o valor total de R$ 149 milhões em receita. É menor do que o de 2020, quando se almejava R$ 171 milhões, mas maior do que o que de fato foi arrecadado (R$ 137 milhões), especialmente por causa da Covid-19.
Já o Fortaleza espera bater o recorde em 2021, e arrecadar R$ 113 milhões. Em 2020, alcançou a marca de R$ 90 milhões, mesmo prevendo R$ 109 milhões. O Ceará vai na mesma toada e, entre os nordestinos, tem o maior orçamento: R$ 151,9 milhões. A campanha dos três na Série A, até o momento, é acima do esperado.
Na Série B, a realidade é bem diferente. O Náutico, mesmo com redução de 39% no orçamento (a receita estimada para 2021 é de R$ 12,2 milhões), surpreende. O Vitória, até então, tem receita estimada de R$ 35 milhões, mas o assunto foi bastante discutido no Conselho Deliberativo do clube. Inicialmente, a previsão era de R$ 48 milhões, mas foi reduzida.
O Nordeste também provou sua força na Copa do Brasil. Tem seis equipes nas oitavas de final: os baianos Bahia, Vitória e Juazeirense, além de ABC, CRB e Fortaleza. A fase citada começa no dia 27 de julho, e termina em 3 de agosto.
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