quarta-feira, 1 de março de 2023

Marcelo Freixo vê Bahia como possibilidade de expansão do “afroturismo” brasileiro

                                                                                      


O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo (PT), defende que a Bahia e o Rio de Janeiro sejam espaços de fomento de um “afroturismo”, voltado para a valorização da parte da cultura brasileira com origens no continente africano. De acordo com ele, a grande comunidade negra dos Estados Unidos - interessada cada vez mais em sua herança cultural - seria um potencial consumidor para o mercado nacional.

 

“A gente hoje tem um investimento muito pequeno no Turismo. A reconstrução do Brasil tem uma potência enorme. A Bahia e o Rio de Janeiro, de onde eu venho, são lugares onde o afroturismo pode ser um grande instrumento de valorização da cultura, da música e dos espaços religiosos. A gente tem todo um mercado norte-americano, por exemplo, que pode visitar o Brasil e gerar aqui emprego, renda e desenvolvimento”, declarou Freixo, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Ainda segundo o presidente da Embratur, o Brasil também tem grande dificuldade de explorar turisticamente toda a sua variedade ambiental, que é muito abordada no exterior devido ao Pantanal e sobretudo à Amazônia.

 

“A gente tem na cultura do meio-ambiente possibilidades muito grandes de geração de emprego e de crescimento. Mas o turismo hoje no Brasil é muito menor do que na Colômbia, menor do que no Peru, na Argentina, mercados comparáveis ao do Brasil. E isso não tem cabimento pelo potencial que a gente tem. Você vai na Floresta Amazônica, você vai em Gramado, Pantanal, Bonito, Rio de Janeiro, Pelourinho… Em qualquer lugar que você vá, o Brasil, para todos os lados, é uma potência gigante, tanto na questão ambiental e climática quanto na questão da cultura e da gastronomia”, avaliou o presidente da Embratur.

 

Para Freixo, o papel da Embratur passa por atuar junto aos estados e aos municípios e sobretudo promover o Brasil no exterior, criando facilidades para a visita de estrangeiros ao país. Nesse sentido, no dia 14 de fevereiro, ele realizou o relançamento da marca “Brasil”, retomando a escrita em português, com a letra “S”, encerrando o uso da marca lançada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL): “Brazil: visit and love us" (Brasil: visite e nos ame, em tradução livre do inglês).

 

“Existe uma marca no Brasil, feita em 2005 através do Projeto Aquarela, que foi feita em cima de um estudo muito profundo. Lamentavelmente, o governo Bolsonaro trocou essa marca para um Brasil com Z, ‘visite e nos ame’, que é uma sugestão inclusive de um turismo que a gente não quer no Brasil. A gente anulou essa marca, relançou o projeto, recuperou a marca Brasil, projetamos em vários lugares do país, com uma linguagem que ajuda o Brasil a se desenvolver no mundo inteiro”, concluiu Freixo.

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