Após a solicitação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para quebra de sigilo bancário de Jair Bolsonaro (PL), a defesa do ex-presidente apresentou os extratos dos anos em que ele esteve à frente do Executivo. Os advogados, porém, pediram sigilo dos dados. O pedido ocorre no âmbito da investigação do suposto esquema de presentes entregues por delegações estrangeiras e que deveriam ser incorporados à União.
A informação foi divulgada pelo blog de Julia Duailibi, do G1, nesta sexta (25). Os advogados de Bolsonaro também afirmaram que ele apresenta a documentação de forma "espontânea", a fim de que não seja preciso "movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão".
A defesa também solicita que os autos tenham sigilo decretado. Entre os dados dos extratos, estão as vendas de automóvel, jet-ski, e ressarcimento de despesas com saúde.
"Em que pese a ausência de qualquer intimação que permitisse a confirmação de tal determinação, o peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como presidente da República, afastando a necessidade de se movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão", afirma a petição assinada pela defesa do ex-presidente, composta pelos advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser.
"Considerando o teor dos documentos ora apresentados, requer a decretação do sigilo da presente petição e seus anexos. Não obstante, informa que está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária", acrescenta.
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