quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Cynthia Resende confirma interesse na presidência do TJ-BA: “Possibilidade de ser candidata da maioria”

                                                                      


A desembargadora Cynthia Maria Pina Resende deve tentar por mais uma vez a eleição à presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Ao Bahia Notícias, a magistrada confirmou que a sua pré-candidatura para a sucessão do desembargador Nilson Soares Castelo Branco é assunto publicamente conhecido na Corte. 

 

Resende, que tem 67 anos, disputou a eleição para o biênio 2022-2024, quando não recebeu votos para o cargo de presidente e a cadeira ficou com Castelo Branco. Anteriormente ela também concorreu ao biênio 2020-2022, tendo sido derrotada pelo desembargador Lourival Trindade com a diferença de apenas um voto. 

 

votação está marcada para 4 de novembro, em sessão no Pleno, e a magistrada confirma que as conversas com os colegas de tribunal têm avançado e que seu nome tem sido bem aceito. “Eu já estou contactando com os colegas para ver essa viabilidade e o que me leva a isso é que eu já concorri uma vez”, pontua.

 

Cynthia Maria Pina Resende aposta em uma possível candidatura única e que poderá ser o nome da maioria. “Eu acho que a minha atuação nessa área tem sido reconhecida pelos colegas e eu acredito que existe até uma possibilidade de eu ser candidata única, uma candidata do consenso, da maioria dos colegas. Porque unanimidade é difícil, mas a maioria dos colegas eu tenho esse sentimento, mas também se tiver algum outro concorrente, não tem problema nenhum, nós vamos concorrer com muito respeito e como eu concorri da outra vez”. 

 

Sobre outros desembargadores e desembargadoras que possam vir a concorrer aos demais cargos da mesa diretora - 1ª e 2ª vice-presidências, Corregedoria Geral da Justiça e Corregedoria das Comarcas do Interior -, Resende diz que o processo ainda está em articulação. “Não existe assim ninguém que tenha já colocado uma candidatura firme nesse sentido, a não ser eu que tenho. Já tem um tempo que eu estou externando essa minha candidatura”, comenta. 

 

Neste novo momento, a desembargadora Cynthia afirma ter “muitos planos” para a administração do TJ-BA. “Principalmente prosseguir com esses projetos do atual presidente, desembargador Castelo Branco que têm sido muito bons para a melhoria da prestação jurisdicional aqui no tribunal”, destaca. Entre estes projetos, ela ressalta a criação do Órgão Especial, nomeação de juízes e servidores.

 

“A minha pretensão seria prosseguir com esse trabalho e melhorar ainda mais essa prestação jurisdicional, inclusive, porque hoje eu já atuo na Coordenadoria de Apoio ao Primeiro Grau desde o ano passado e tenho, assim, pleno conhecimento de tudo que necessita o tribunal para que eu possa fazer, vamos dizer, uma boa administração em prol de resolução dos principais problemas que nós temos”, complementa. 

 

PROPOSTAS

A desembargadora já pensa em propostas futuras caso ocupe a cadeira de presidente do TJ-BA. Além da efetivação da linguagem simples, projeto que tem liderado à frente da Coordenadoria de Apoio ao Primeiro Grau, Resende fala em implantação de inteligência artificial. 

 

“Nossos maiores problemas são falta de servidor, juízes também - hoje nós já temos um número maior, mas ainda há carência - e o sistema, que é o PJe, que não ajuda muito também, embora isso não seja um problema só do estado da Bahia, é um problema que existe em todos os estados que utilizam o PJe como sistema. Então, hoje a gente tem que trabalhar nessas três vertentes e mais uma que seria a instituição da inteligência artificial aqui no tribunal, que eu acho que vai ajudar muito. Já existe isso em vários tribunais, alguns deles já tem robôs que facilitam as tarefas dos cartórios e dos juízes e isso seria também um caminho a ser seguido pelo tribunal da Bahia”.

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