quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Aumento do apetite do PSD em 2024 é prévia de embate com PT para eleição estadual; partidos se enfrentam em 53 cidades

                                                                              


O avançar da campanha eleitoral nos municípios tem escancarado um embate que pode repercutir no pleito de 2026. Com alguns "pontos de conflito" em algumas das maiores cidades da Bahia, o PSD e o PT devem ter que afinar os ponteiros que foram desajustados nas composições deste ano. 

 

Um dos exemplos mais claros é em Ilhéus. Após um longo período de debates entre o PT e o PSD, as legendas não chegaram a um acordo e possuem nomes distintos na disputa. O atual prefeito Mário Alexandre (PSD) acabou indicando o ex-secretário municipal de Gestão e Inovação, Bento Lima. Já o PT confirmou o nome da ex-secretária de Educação da Bahia Adélia Pinheiro, apoiada pelo governador Jerônimo Rodrigues


Com autonomia para definir a sucessão, Marão confirmou que buscou manter o comando da cidade com o PSD, amparado pelo presidente estadual do partido, senador Otto Alencar. O movimento de certa forma frustrou o desejo do PT em uma composição na cidade, sob o entorno de Adélia. "Quando se tem um prefeito do PSD, à sucessão passa por ele. A decisão é a que Marão tomar, vai ser a decisão que o diretor vai respaldar", disse Otto à época. 

 

Já em Eunápolis, por exemplo, existe a disputa envolvendo o embate entre o PSD e o PT. A Federação Brasil da Esperança, que possui o PCdoB e o PV como integrante, tem o nome de Isac da Katharina (PT). Já o PSD busca com Robério Oliveira, ex-prefeito da cidade, retomar o comando da prefeitura, reeditando em mais uma cidade o confronto. A atual prefeita do município Cordélia Torres (União) divulgou que não irá buscar a reeleição

O caso mais "conflituoso" é em Juazeiro, onde o PSD e o PT se enfrentam de forma mais direta. O PT manteve o nome do ex-prefeito da cidade Isaac Carvalho na disputa até a reta final da inscrição das candidaturas. Por sua vez, com a inviabilidade da confirmação da candidatura, boa parte dos integrantes da base de apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) acabou migrando o apoio para Andrei da Caixa (MDB). 

 

O ápice do atrito se deu quando Isaac não acompanhou o apoio do PT a Andrei, indicando seu sobrinho, Celso Carvalho, à disputa pela prefeitura, porém, pelo PSD. A "rebeldia" de Isaac foi encarada como uma afronta à base, apesar de ter sido respaldada pelo PSD. O Bahia Notícias chegou a divulgar um "plano de fundo" na disputa em Juazeiro, que poderia dimensionar o tamanho do conflito, já que informações obtidas pelo Bahia Notícias indicam que a movimentação de Isaac, em Juazeiro, poderia dar fim à relação dele com o Partido dos Trabalhadores. 

 

Com a iminente saída, incluindo um "convite" da cúpula do PSD baiano para a filiação, além da troca no candidato para o pleito municipal, com a confirmação de Celso Carvalho, sobrinho de Isaac, os "acordos prévios" estariam suspensos. A trava incidiria diretamente em um postulante à Câmara Federal: Lucas Reis. Apadrinhado pelo senador Jaques Wagner (PT), Lucas, que é chefe de gabinete do parlamentar, não ficou nada satisfeito com a alteração.

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