O autodenominado ex-coach Pablo Marçal (PRTB) chegou ao final do protesto neste sábado, 7 de Setembro, organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O autodenominado ex-coach subiu no ombro de apoiadores e foi ovacionado na Paulista. Com a presença dele na multidão, houve empurra-empurra de pessoas querendo se aproximar dele. Ele não discursou.
Marçal disputa o eleitorado bolsonarista com Ricardo Nunes (MDB). Ele estava em viagem a El Salvador e compartilhou vídeos mostrando o deslocamento do aeroporto para a avenida Paulista.
Nunes também compareceu ao protesto, mas teve presença discreta, também sem discursar.
O candidato não havia confirmado se iria ao ato e que sua decisão seria uma "surpresa". Posteriormente, apoiadores de Marçal passaram a divulgar uma montagem com Marçal e a frase "governantes da Paulista", dando a entender que ele iria ao evento.
A relação de Marçal com a família Bolsonaro é ambígua. Bolsonaro e seus filhos chegaram a abrir fogo contra o autodenominado ex-coach, mas recuaram diante da reação negativa do seu público.
Posteriormente, o ex-presidente chegou a gravar um vídeo chamando seus apoiadores para um ato na avenida Paulista afirmou que "qualquer candidato a prefeito" de São Paulo poderá comparecer. Oficialmente, o apoio de Bolsonaro é de Ricardo Nunes, mas o ex-presidente dá sinais que gostaria de manter o pé em duas canoas para ver quem vai ao segundo turno.
Embora Marçal empolgue a franja mais radical do bolsonarismo, ele também é criticado por parte desse público por não fustigar Alexandre de Moraes. Nos bastidores, justifica-se o modo do candidato agir a uma precaução para evitar problemas jurídicos, em momento em que já arrebanha inimigos em todos os campos ideológicos.
De acordo com o Datafolha, Marçal é conhecido por 88% dos eleitores de Bolsonaro.
Entre os candidatos que lideram a disputa à Prefeitura de São Paulo, Marçal foi quem mais cresceu em grau de conhecimento dos eleitores, segundo o Datafolha.
Mesmo sem tempo no horário eleitoral em rádio e TV, o influenciador atingiu 76% nesse quesito, que inclui o total dos que o conhecem muito bem, um pouco ou só de ouvir falar. Na pesquisa anterior, divulgada em agosto, o índice era de 67%.
Marçal se tornou mais conhecido em um período em que entrou no alvo central dos ataques de adversários, inclusive na propaganda eleitoral. Ao mesmo tempo, sua rejeição oscilou quatro pontos para cima e atingiu 38%, a maior numericamente entre todos os candidatos, indicando um obstáculo crescente à campanha do influenciador.
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