quarta-feira, 19 de novembro de 2014

‘É preciso acelerar’, diz pesquisadora sobre políticas de saúde para população negra

‘É preciso acelerar’, diz pesquisadora sobre políticas de saúde para população negra
Fotos: Bahia Notícias
Uma das doenças mais comuns entre a população negra é a Doença Falciforme (DF), ou anemia falciforme, uma enfermidade genética que impede o sangue de circular de forma adequada. No Brasil, Salvador é a cidade com maior incidência deste tipo de anemia. Um em cada 17 bebês soteropolitanos vêm ao mundo com traço falciforme. O controle da DF, entre outras questões, é uma das metas da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, instituída em 2009. Em entrevista ao Bahia Notícias, a professora de Saúde Pública do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Ufba, Clarice Santos Mota, considera que a evolução dessas políticas ainda é “lenta” na Bahia. Segundo Clarice, um dos saltos da gestão da Sáude em Salvador foi a criação dos Multicentros, que dispõem de um hematologista para o diagnóstico da DF. Na conversa com o BN, a pesquisadora detalhou ainda as representações do racismo institucional em hospitais e clínicas e disse que a qualidade da saúde da população está associada à qualidade social. “Nos últimos dez anos houve uma melhora nos indicadores sociais, mas isso precisa se acelerar, isso precisa continuar. Porque você não corrige os problemas de saúde sem corrigir os problemas sociais”, avaliou

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