Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O deputado Carlos Gaban (DEM) protocolou nesta terça-feira (18) um pedido à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) de convocação do secretário de Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), José Sérgio Gabrielli, para depor na Casa sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), efetuada durante sua gestão à frente da Petrobras. “Nesse ofício também peço que seja solicitado ao TCU [Tribunal de Contas da União] toda documentação necessária sobre o envolvimento do secretário José Sérgio Gabrielli, principalmente sobre isso [Pasadena]. E com relação à Lava Jato, a atual presidente já deu entrevista dizendo que existia propina; ela está se referindo a um ‘ex-mandato’, e o ex-presidente quem era? Gabrielli.”, argumenta. Para Gaban, além das afirmações da sucessora de Gabrielli, Graça Foster, e da apuração do TCU, embasam os questionamentos ao titular da Seplan a investigação feita pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná. O democrata também aponta o fato do TCU ter determinado o bloqueio de bens do secretário, do ex-diretor da área Internacional da estatal, Nestor Cerveró, e do ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, por conta dos prejuízos advindos da aquisição da refinaria. “Ele é responsável pela elaboração do orçamento de 2015 que vai ser analisado pela AL-BA; o orçamento que foi elaborado e entregue pessoalmente por alguém que está sendo investigado. Acho temeroso analisar o orçamento de quem o TCU incriminou”, justifica. Gaban ainda citou o governador Jaques Wagner para afirmar que acredita que seu pedido será aceito pela Casa, mesmo com a “maioria governista”. “Não terão condições de barrar essa convocação. A Câmara aprovou, por exemplo, a quebra do sigilo bancário do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. E vou mais longe, pego a afirmação do próprio governador Wagner que disse que todos tem que ser investigados e punidos, mesmo que estejam em seu partido”, concluiu.
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