Um novo balanço divulgado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) revela que subiu para 1.848 o número de casos suspeitos de chikungunya em 68 municípios baianos, até quarta-feira (19). Até o dia 12 de novembro, haviam sido notificados 1.755 situações em 57 cidades.
De acordo com o boletim estadual, as cidades com casos confirmados são: Feira de Santana (563), Riachão do Jacuípe (196), Salvador (2), Alagoinhas (1), Cachoeira (1) e Amélia Rodrigues (1).
A Sesab destaca que as pessoas que contraíram o vírus chikungunya têm algum tipo de vínculo com Feira de Santana. Segundo a secretaria, entre os casos notificados, 28 foram hospitalizados.
A faixa etária mais atingida compreende os adultos, entre 20 e 49 anos. A maioria dos casos ocorreu em mulheres (66,54%).
Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus chikungunya pode ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, e a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.
Fonte G1 BA
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