quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Acordo com caminhoneiros: ‘O mercado não está preparado’, diz presidente da NTC

Acordo com caminhoneiros: ‘O mercado não está preparado’, diz presidente da NTC
Foto: Divulgação
O presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), José Hélio Fernandes, em almoço realizado pela 1ª Reunião do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado (Conet), disse que “o mercado não está tão preparado” para arcar com um reajuste na tabela de frete dos caminhoneiros autônomos. O tópico está incluído no pacote de propostas que o governo federal apresentou aos representantes da categoria, que bloqueia há uma semana estradas federais de mais ou menos dez estados brasileiros, na última quarta-feira (25). De acordo com Fernandes, o mercado dos transportes está em retração. “Com essas decisões que o ministro [da Fazenda, Joaquim] Levy tomou agora, de aumentar os juros, aumentar o IOS, tudo isso encareceu a televisão que você vai comprar. Nós só vamos transportar mais se mais produtos forem vendidos”, explicou o empresário. Outra razão é o posicionamento das empresas que contratam o serviço das transportadoras, que resistem em aceitar o reajuste cobrado no valor do transporte. Sem esse acréscimo no valor, as empresas que contratam caminhoneiros autônomos não teriam margem para sustentar o reajuste na tabela do frete. Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor, a categoria reconhece a necessidade de corrigir a defasagem no valor do frete. Um estudo realizado com 250 empresas, apresentado no Conet, mostra que a defasagem no valor do frete cobrado pelas transportadoras é de 14,11%. Esse valor, no entanto, pode variar para mais ou para menos, dependendo da realidade de cada empresa. “O mercado é muito livre, é uma concorrência normal de mercado. Pode ocorrer defasagem maior do que 14% em alguma empresa, com algum cliente, não com todos. E pode ter também valor menor ainda”, acrescenta João Hélio Fernandes. O assessor técnico do NTC, Lauro Valdívia, explica que o Brasil não tem hoje um valor ideal por quilômetro. De acordo com Valdívia, são considerados o tempo de transporte (carregamento, transporte e descarga) e a distância percorrida. “Aí tem custos ligados à distância: combustível, pneu, lavagem de caminhão, lubrificante. E tem licenciamento, IPVA, seguro do veículo, salário do motorista. Esses custos estão ligados ao tempo”, conclui.

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