sexta-feira, 24 de julho de 2015

Fórum baiano de combate aos agrotóxicos lança nota de apoio a projetos de Galo

Fórum baiano de combate aos agrotóxicos lança nota de apoio a projetos de Galo
Foto: Asa Brasil
O Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos , coordenado pela promotora de Justiça Luciana Khoury, lançou nota pública nesta sexta-feira (24) em apoio aos projetos de lei apresentados pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT) para proibir o uso de algumas substâncias, a pulverização áerea, e a rotulagem de produtos cultivados com o uso de agrotóxicos. Os projetos do parlamentar foram apresentados entre e maio e junho deste ano dividem a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), como mostra reportagem do Bahia Notícias publicada nesta sexta. “Essas substâncias causam graves danos à saúde e ao meio ambiente e são banidas em seus países de origem. Outras substâncias banidas no projeto, como o Glifosato, usado no agrotóxico Roundup, é um produto banido em diversos países e que está associado aos problemas hormonais, alzheimer, anencefalia (defeito de nascimento), anencefalia (ausência de volume grande do cérebro), autismo, diversos tipos de câncer, doença celíaca, hipotireoidismo, desordens neurodegenerativas, Parkinson, infertilidade e outros danos à saúde”, cita o comunicado. Quanto à rotulagem dos produtos, o Fórum ressalta que “é um direito do cidadão conhecer o produto que está consumindo”, principalmente “quando estes produtos estão expostas às substâncias de uso controlado pelo Estado devido à sua toxidade e os perigos inerentes ao seu uso”. “Portanto, também é direito do cidadão e da cidadã escolher consumir o alimento produzido com ou sem o agrotóxico”, complementa a nota. O Fórum também se posiciona sobre a pulverização áerea de agrotóxicos e menciona estimativa de que apenas 30% dos agrotóxicos utilizados atingem as plantas. “O restante contamina o ar, o solo, os mananciais hídricos, a fauna e a população. A Comunidade Europeia proibiu a prática da pulverização aérea, abrindo exceções em casos específicos em que ela se mostre ambientalmente menos danosa e, ainda assim, sob uma série de garantias e aprovação do Estado membro”, diz a nota, que exemplifica as consequências da pulverização com o caso do município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, que passou por um surto de intoxicação, quando foi detectada a presença de agrotóxicos em todas as 62 amostras de leite materno pesquisadas. “Na Bahia, a população está exposta a essas mesmas chuvas químicas, sobretudo a população rural e os trabalhadores do campo”, aponta a entidade.

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