terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Dom Pedro e Emec estão aptos a fazer transplante de rim

Dom Pedro e Emec estão aptos a fazer transplante de rim
Será mais uma oportunidade para um maior número de pacientes terem uma melhor qualidade de vida-Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Rachel Pinto
A cidade de Feira de Santana conta atualmente com duas unidades de nefrologia e urologia: uma do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), implantada desde 2015 e mais recentemente a unidade do Hospital Emec.
 No último final de semana, as duas unidades realizaram transplantes renais. O HDPA pela décima vez e o Emec pela primeira vez, se tornando o primeiro da rede saúde particular a realizar o procedimento. Todo esse trabalho foi feito pela equipe de médicos da Clínica Senhor do Bonfim.
O médico urologista, Victor Paschoalin, que coordena a equipe destacou a importância de mais um serviço de transplante renal em Feira de Santana. De acordo com ele, os pacientes agora terão dois centros para realizar o procedimento médico e será mais uma oportunidade para um maior número de pacientes terem uma melhor qualidade de vida.
“O que muda é que o paciente agora tem dois centros para poder realizar transplante. O Hospital Emec agora tem um centro transplantador renal. No último sábado, fizemos o primeiro transplante realizado em um hospital privado. Quanto mais centros, maior o número de pacientes que são tratados. Então só temos vantagens e agradecemos o apoio da direção do Hospital EMEC que tem nos ajudado bastante nesse novo programa”, afirmou.
O médico contou que o no fim de semana o Hospital Emec fez o primeiro transplante através de convênio, enquanto o HDPA realizou o décimo procedimento de transplante pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Ele explicou que para a realização do transplante o paciente fica cadastrado em uma lista aguardando a doação do rim e após confirmada a compatibilidade é feita a cirurgia. 
Victor Paschoalin ressaltou também o paciente depois que é transplantado deixa de fazer hemodiálise e passa a ter uma melhor qualidade de vida. “O transplante renal melhora muito a qualidade de vida do paciente, porque esse paciente realiza hemodiálise e uma vez feito o transplante renal ele vai voltar a ter uma vida completamente normal”, disse.
Sobre o procedimento do transplante renal, Victor explicou que o paciente fica com três rins. “Nós não removemos o rim primitivo, que é o rim que o paciente nasce. A gente implanta o outro rim e o paciente fica com três rins, sendo apenas um funcionando”.
Em relação aos doadores, ele disse também que o transplante pode ser feito através do doador vivo, ou doador falecido. Exames apresentam a compatibilidade para a realização do procedimento. Além disso, todo o paciente que passa pelo procedimento passa a fazer o uso das medicações imunossupressoras, que tem o objetivo de evitar que o organismo rejeite o novo rim.


Melhor qualidade de vida

O trabalhador rural Fernando Ferreira de Oliveira, de 41 anos, morador do município de Várzea da Roça está feliz depois de receber o seu novo rim. Ele fez o transplante no Hospital Dom Pedro no último domingo (14) e está apresentando uma excelente recuperação. “Há mais de dois anos eu sofria fazendo hemodiálise e quando recebi a notícia foi uma alegria. Fiquei muito esperançoso e graças a Deus está dando tudo certo. A cirurgia foi rápida e tranquila”, relatou.
Fernando disse que além dele, mais quatro pessoas também aguardavam pelo transplante renal, mas só ele foi compatível. Ele contou que o novo momento é de liberdade e a partir de agora será uma nova vida.
“Vou ter minha liberdade que estava comprometida de volta. Não podia fazer nada, não podia viajar. Não podia ter outro compromisso e tinha que realizar a hemodiálise. Minha vida era na máquina”, destacou.
A enfermeira Carolina Amorim, que coordena o serviço de enfermagem da Unidade de Nefrologia e Urologia do HDPA falou sobre a situação clínica do paciente Fernando Oliveira após a cirurgia de transplante renal. “Fernando é o nosso décimo paciente de transplante renal, de doador falecido do HDPA, ele fazia parte da lista de espera do estado da Bahia. Houve um rim compatível e ele foi escolhido para fazer o transplante”.
Carolina informou que o paciente está evoluindo muito bem e após o transplante vai iniciar por toda a sua vida a medicação de imunossupressores. “Agora ele vai utilizar o protocolo de imunossupressão por toda a sua vida que é que o vai manter o rim funcionando. Vai evitar a rejeição que é uma das maiores causa de perda do enxerto renal”, completou.
Ela ressaltou ainda que O HDPA é o segundo maior centro transplantador da Bahia, depois do Hospital Ana Nery, em Salvador. De acordo com ela, na Bahia existem 4 mil pessoas em tratamento de diálise.
FONTE: Acorda Cidade

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