Não bastasse a divergência com a decisão do PMDB de deixar a base da presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB-RJ), disse que agirá como soldado do governo na trincheira contra o processo de impeachment.
“Já falei com a presidente Dilma que, se eu tiver que voltar a ser deputado [para votar contrário ao impedimento], não tem nenhum problema”, afirmou durante passagem por Salvador na tarde desta terça-feira (29) em um Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Pansera foi além e sugeriu novas eleições, já que, segundo ele, o clamor das ruas está sendo tão estimado.
“Se nós formos impeachmar todos os políticos com mandato que estão com problema de desgaste com a opinião pública, nós vamos ter que fazer eleições gerais novamente. Aliás, eu acho até que deveriam chamar eleições mesmo. De repente é uma saída. Está todo mundo desgastado mesmo. Então, por que só a presidenta tem que ser impeachmada? Por que não vamos pegar também esse conjunto de políticos que têm problema junto à opinião pública? Quer legitimar, quer atender às ruas, vamos ser ousados. Vamos além, então. Vamos eleger deputado, senador, governador e presidente da República. Se é para elevar o debate de política a esse nível, a gente eleva”, contra-atacou.
O ministro ainda criticou a iniciativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de protocolar um novo pedido de impeachment. “Muito frágil. Não vi nada que mude minha posição. Isso paralisa o país. É uma loucura”, concluiu.
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