A Executiva Nacional do PP decidiu, nesta quarta-feira (30), esperar o resultado da comissão especial que analisa a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff para definir se continua ou não na base da petista.
Antes desta decisão, a bancada do partido adotou um critério interessante para preencher as cinco cadeiras que tiveram direito no colegiado. Nomeou três parlamentares contra o impedimento da presidente e dois favoráveis.
Por ter respeitado esta “proporcionalidade”, a Executiva optou por postergar a decisão para não constranger os partidários que participam da comissão. Além deste argumento, há também as negociações em curso para tentar constituir maioria dentro da bancada. Atualmente, a quantidade de defensores do governo é maior, contudo, as movimentações não estão encerradas.
A bancada está dividida e o vácuo deixado pelo PMDB está no prelo. Há perspectiva de crescimento na participação do partido dentro da gestão e isto é visto com bons olhos para quem almeja o protagonismo. O Ministério da Saúde é um dos espaços negociados com os pepistas, que devem somar 52 deputados federais até o fechamento da janela de migração partidária no próximo dia 2 de abril.
No final da tarde desta quarta-feira (30), contudo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia a sete políticos do PP por corrupção passiva, organização criminosa e outros crimes. Os baianos Roberto Britto, Mário Negromonte Júnior, Mário Negromonte (conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia), além de Arthur Lira (Alagoas), José Otávio Germano (Rio Grande do Sul), Luiz Fernando Faria (Minas Gerais) e José Alberto Pizzolatti (Santa Catarina) foram denunciados. Ainda não se sabe qual será o impacto desta denúncia na bancada do PP, mas é pouco provável que isto cause grandes alterações no cenário atual.
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