terça-feira, 26 de abril de 2016

Senador Raimundo Lira é eleito presidente da comissão de impeachment

O Senado Federal votou, na manhã desta terça-feira, o presidente do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi eleito por aclamação para presidir o processo. A eleição aconteceu na primeira reunião do colegiado, que ainda deve definir o responsável pela relatoria do processo. Mais velho entre os senadores da comissão, ele abriu a sessão como presidente, passou o cargo para a senadora Ana Amélia (PP-RS) e assumiu o posto em  definitivo após a eleição. Antonio Anastasia (PSDB-MG) é um dos mais cotados para assumir a relatoria, mas tem o nome contestado pelo PT.
Por ser o partido com o maior número de parlamentares, o PMDB tem direito a cinco cadeiras na comissão e indicou Rose de Freitas (ES), Simone Tebet (MS), Waldemir Moka (MS), Dário Berger (SC) e Raimundo Lira (PB).
A comissão terá ainda os seguintes parlamentares: Antonio Anastasia (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), José Pimentel (PT-CE), Telmário Mota (PDT-RR), Romário (PSB-RJ), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Wellington Fagundes (PR-MT), Zeze Perrella (PTB-MG), Ana Amélia (PP-RS), José Medeiros (PSD-MT) e Gladson Cameli (PP-AC).

Entre os nomes indicados, apenas cinco são contrários ao afastamento da presidente. Um senador se diz indeciso e outros 15 são favoráveis ao impeachment. Senadores pelo Distrito Federal, Cristovam Buarque (PPS) e Hélio José (PMDB) integram a comissão como suplentes. Os dois, assim como José Antonio Reguffe (Sem Partido) já manifestaram posição favorável ao impedimento de Dilma.

Depois de instalada a comissão, os senadores terão dez dias úteis para concluir os trabalhos. Em seguida, o relatório é analisado pelo próprio colegiado para, na sequência, ser levado ao plenário da Casa. A previsão é de que essas votações ocorram em 9 e 12 de maio, respectivamente. Se mais da metade dos 81 senadores manifestar-se favorável ao impeachment, a presidente é afastada por 180 dias e o vice, Michel Temer, assume o Planalto.

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