Em 2 de novembro, muitas pessoas comemoram o Dia de Finados, data criada para homenagear os entes queridos que já faleceram.
No início da história da Igreja, os cristãos rejeitavam totalmente a ideia de relacionamento com mortos. Nessa época, os mesmos pensavam que as almas simplesmente ficariam adormecidas, até o momento do julgamento final. Contudo, após a difusão do cristianismo, a religião acabou anexando certos aspectos de outras culturas. Acredita-se que a tradição do Dia de Finados tenha surgido a partir dos celtas, povos que acreditavam na vida após a morte e separavam uma data anual para homenagear e evocar os mortos.
Assim, da mesma forma que faziam certas sociedades da antiguidade, os cristãos passaram a rezar pelas almas dos falecidos, acreditando que estes necessitariam de orações, já estavam passando pelo processo de purificação conhecido como Purgatório. A partir do século V, a Igreja destinou uma data específica para isso, embora tais preces não fossem uma prática muito corriqueira.
De fato, pode-se dizer que o grande responsável pela popularização do costume de orar pelos entes que já se foram foi o monge beneditino Odilo de Cluny, o qual determinou no ano de 998 que todos os membros de sua abadia deveriam realizar preces por essas pessoas. Nascida na França, a tradição acabou se propagando por toda a Europa, até que o Dia de Finados foi oficializado durante o século XI, por meio dos papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX. Já a data, dia 2 de novembro, foi estabelecida mais tarde, no século XIII.
Curiosidade: No Brasil, o Dia de Finados é uma data triste, afinal, as pessoas lembram de seus entes e sentem saudades. Já no México, é tudo diferente! Os mexicanos realizam festas com muitos banquetes, pois acreditam que nesse dia as almas de seus entes voltariam para fazer uma visita a seus familiares e amigos.
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