Foto: Bahia Notícias
O DEM começou a discutir um "plano B" para as eleições ao governo
da Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País, com 10,7 milhões de
eleitores. Nome mais forte do partido para a disputa, o atual prefeito
de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, de 39 anos,
sinalizou que pode não concorrer e, por isso, a legenda e o próprio
chefe do Executivo municipal passaram a articular nomes alternativos.
Uma das opções pensadas é José Ronaldo (DEM), que cumpre o segundo
mandato como prefeito de Feira de Santana, município com o segundo maior
número de eleitores do Estado. Outra alternativa é lançar como
candidato a governador o atual vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis,
que deve trocar o MDB pelo DEM e que assumirá o comando da capital
baiana, caso Neto saia do cargo para disputar o governo. Aliados de Neto
dizem que ele teme deixar a Prefeitura de Salvador, onde tem uma gestão
com mais de 70% de aprovação, e não conseguir se eleger governador.
Caso decida disputar o Executivo estadual, ele terá de se
desincompatibilizar do cargo em 7 de abril e enfrentará Rui Costa, um
dos quatro governadores do PT que tentarão reeleição em outubro, tendo a
seu favor o peso da máquina governamental e, no caso de Costa, uma
gestão aprovada por 65% da população. Nesse cenário, interlocutores
aconselham Neto, que deve assumir a presidência nacional do DEM no
início de março, a concluir seu mandato como prefeito em 2020, e só
disputar o governo da Bahia em 2022. Nesse intervalo, aliados dizem que
ele pode fazer um curso na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Procurado, o prefeito disse apenas que ainda não decidiu se disputará as
eleições deste ano. O DEM vê em Neto um de seus candidatos a governador
mais competitivo, representando um importante palanque para o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), pré-candidato da legenda à
Presidência da República. Caso o prefeito fique de fora da disputa, a
avaliação da sigla é de é preciso lançar outro candidato para dar
palanque a Maia ou outro candidato de centro que o partido venha a
apoiar na disputa presidencial no Estado, o maior da região Nordeste.
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