Por Rodrigo Daniel Silva
Apesar do desejo da Rede, partido da presidenciável Marina Silva, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, descartou, ontem, ser candidata a deputada federal pela Bahia na eleição deste ano. “De jeito nenhum. Estou fora. Já assumi alguns compromissos com o escritório [de advocacia] e com advogados. Não tenho como deixar”, afirmou a magistrada aposentada, em entrevista à Tribuna. A ex-ministra, que foi postulante ao Senado em 2014 pelo PSB, negou que esteja desapontada com a política. “Não. É porque assumi uns compromissos e quero seguir”, assegurou a juíza aposentada, que ficou conhecida por criticar “bandidos de toga” na Magistratura.
Eliana Calmon disse que pretende apoiar a candidatura de Marina Silva na corrida presidencial. “Sou amiga de Marina. E, dentro do possível, vou ajudar na campanha, mas não vou subir no palanque”, asseverou.
No pleito de 2014, Eliana Calmon concorreu à Casa Alta do Congresso Nacional contra o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (MDB), e Otto Alencar (PSD), que venceu a disputa. A ex-ministra teve 8,41% dos votos, o equivalente a 502.908. Já o vencedor 55,88%. No PSB na época, Eliana Calmon apoiou à candidatura de Marina Silva a presidente da República e da senadora Lídice da Mata ao governo da Bahia. Causou surpresa quando, no segundo turno, decidiu apoiar o senador Aécio Neves (PSDB) na disputa contra a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). “Não dá [para apoiar o PT], sobretudo, depois do que eles fizeram com [a candidata do PSB] Marina [Silva]. Eles a destroçaram, tornando qualquer apoio inviável”, alegou.
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