quarta-feira, 20 de junho de 2018

Comissão adia votação de relatório sobre MP dos agentes comunitários de saúde

Comissão Mista da Medida Provisória nº 827, de 2018 (regula atuação dos agentes comunitários de saúde): apreciação do relatório.  Mesa:  relator da CMMPV 827/2018, deputado Odorico Monteiro (PSB-CE) presidente da CMMPV 827/2018, Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).   Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
A comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP) 827/2018adiou para esta quarta-feira (20) a votação do relatório do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). A matéria trata da atuação de agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias. A reunião está marcada para as 9h.
A apresentação do relatório estava marcada para esta terça-feira (19), mas foi adiada a pedido do Poder Executivo. Integrantes da comissão estiveram pela manhã no Palácio do Planalto. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, pediu mais tempo para tentar construir um texto de consenso com senadores e deputados.
— Poderíamos até aprovar aqui na comissão, mas teríamos dificuldade de aprovar nos Plenários da Câmara e do Senado. Vamos dialogar com a área econômica para termos um texto que busca garantir uma normatização na questão da data-base e do reajuste para a categoria — afirmou o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), presidente da comissão mista.
O Brasil tem mais de 300 mil agentes comunitários de saúde e 100 mil agentes de combates às endemias. De acordo com a MP 827/2018, será obrigatória a presença de agentes comunitários de saúde na Estratégia de Saúde da Família, programa de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e de agentes de combate às endemias na estrutura de vigilância epidemiológica e ambiental.
A medida provisória estabelece uma jornada de trabalho de 40 horas. A cada dois anos os agentes de saúde frequentarão cursos de aperfeiçoamento, que serão organizados e financiados, de modo tripartite, pela União, estados, Distrito Federal e municípios. Já o transporte dos agentes até os locais de atuação será financiado pelo ente ao qual o profissional estiver vinculado.
O governo afirma que a MP 827/2018 é fruto de uma negociação com os agentes comunitários de saúde após os vetos presidenciais à Lei 13.595, de 2018, que alterou diversos pontos da legislação da categoria. Os vetos foram feitos, segundo o Executivo, para preservar a autonomia de estados e municípios sobre o trabalho dos agentes comunitários.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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