Unidade de Boituva do Grupo Petrópolis | Foto: Divulgação
A fim de apurar o pagamento de propinas disfarçadas de doações de campanha eleitoral por parte do Grupo Petrópolis, a Polícia Federal (PF) deflagrou a 62ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Rock City. Em cooperação com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, cerca de 120 agentes cumprem um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão em 15 municípios.
As cidades listadas são Boituva, Fernandópolis, Itu, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Porto Feliz, Santa Fé do Sul, Santana do Parnaíba e a capital São Paulo, no estado de São Paulo; Cuiabá, no Mato Grosso; Cassilândia, no Mato Grosso do Sul; Petrópolis e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro; e Belo Horizonte, em Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná.
Segundo informações da PF, o Grupo Petrópolis auxiliou o Grupo Odebrecht no pagamento de valores ilícitos "de forma oculta e dissimulada" por meio da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior, um esquema conhecido como "operações dólar-cabo". O Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht era o responsável por viabilizar esses pagamentos de propina, com o objetivo de evitar o rastreamento dos valores e a descoberta dos crimes pelas autoridades.
Os investigadores seguem a suspeita de que offshores ligadas à Odebrecht realizavam transferências de valores para offshores do Grupo Petrópolis no exterior. O Petrópolis, por sua vez, disponibilizava o montante em espécie no Brasil para as doações eleitorais.
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