Foto: Carol Garcia/GOVBA
O Instituto Couto Maia (Icon) atingiu em 2019 a marca de 2.052 internações e uma taxa de mortalidade de 7,8%. A unidade é referência no tratamento de doenças infecciosas e de acordo com a diretora da unidade há 13 anos, Ceuci Nunes, os números são positivos ao considerar o tipo de paciente que a unidade atende. “Para o tipo de paciente que a gente interna [a taxa de mortalidade] é muito baixa, porque a grande maioria, cerca de 70% a 80% tem aids. Então são pacientes que já chegam bem graves”, explicou a gestora.
O hospital centenário, construído em 1853, passou por uma mudança de nome e endereço há um ano e meio. Antes a unidade de saúde funcionava em um prédio antigo e prestava atendimentos no bairro de Monte Serrat, na Cidade Baixa. Em julho de 2018 a nova estrutura foi inaugurada com 120 leitos, sendo 20 de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), atendimento de urgência e emergência, ambulatório especializado, Centro Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), uma agência transfusional e serviço de reabilitação e de logística.
A mudança, de acordo com Ceuci, proporcionou aumento no número de internamentos e de atendimentos no ambulatório. “A gente teve um aumento de mais ou menos 60% do número total de atendimentos de uma unidade para outra”, disse a diretora do Icon. “Os hospitais de doenças infecciosas eles são antigos, como era o Couto Maia velho. Então eles têm uma estrutura física muito ruim, não podem incorporar tecnologia por exemplo, acrescentou Ceuci Nunes.
A diretora ainda destaca que o novo hospital potencializou o tratamento humanizado dos pacientes. Para ela, a estrutura, tecnologia e até a decoração contribuem para um melhor acolhimento. “Tem fotografias, desenhos nas paredes, a gente tem solário nas áreas masculina, feminina e na pediatria para os pacientes tomarem sol, temos uma escola hospitalar, brinquedoteca, então isso tudo ajuda”, analisou.
O ambiente agrada pacientes, visitantes e também os servidores “que vieram de um hospital que a estrutura física era muito ruim”. Segundo a diretora do Icon, o índice de satisfação da unidade de saúde ultrapassa os 90% em todos os setores.
A maior parte dos atendimentos realizados no Instituto Couto Maia é de pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Na Bahia o número de novos casos da doença apresentou redução (lembre aqui e aqui), ainda assim o governo investiu para ampliar o número de leitos para atender essa parcela da população. Em 2017, no antigo Couto Maia, que contava nos últimos dias com 67 leitos, foram 391 pacientes com aids. Em 2018 e 2019, com as novas instalações e ampliação do número de vagas foram atendidos 512 e 533 respectivamente.
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