O impacto da pandemia da Covid-19 nos sistemas de metrô, trem urbano e Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de todo o Brasil foi a queda brusca na demanda de passageiros. O encolhimento foi sentido em todo o país. Na Bahia, o pico de redução de demanda no sistema metroviário foi de 71%, registrado no mês de julho, de acordo com o Balanço do Setor Metroferroviário da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), e divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
A queda registrada na Bahia foi próxima da constatada no Distrito Federal (70%) e Rio Grande do Sul (71%).
A Paraíba teve a maior queda entre todos os estados que informaram dados a CNT, com -92%. Em relação ao Nordeste, o pico de redução de demanda no sistema metroviário baiano foi o segundo menor. Além da líder Paraíba, Rio Grande no Norte teve -82%, Alagoas -80% e Pernambuco teve -57%, a menor queda do país no período.
O balanço destaca que o mês de julho apresentou grandes oscilações no volume de passageiros transportados, quando foram apresentados esses picos de redução (veja o mapa abaixo). A ANPTrilhos identificou que nos meses de agosto e setembro, o comportamento da demanda não apresentou oscilações significativas, com crescimento mais sustentado, o que permitiu que o setor pudesse chegar próximo dos 50% de passageiros transportados ao longo do trimestre, em comparação ao movimento verificado no mesmo período de 2019.
Os dados do balanço mostram que o setor apresentou uma perda de 47% no número de passageiros transportados, em comparação com os nove primeiros meses do ano 2019. Entre janeiro e setembro, os operadores metroferroviários brasileiros deixaram de transportar cerca de 1,1 bilhão de passageiros.
O impacto financeiro estimado com a queda de arrecadação de bilheteria de março a junho/2020 é de R$ 6,1 bilhões.
Com base nos dados levantados a ANPTrilhos projeta que o setor deverá fechar o ano de 2020 com uma demanda de passageiros próxima a 70%, em relação àquela normalmente esperada para o período.
Ainda conforme a entidade, os impactos seguirão sendo sentidos pelo setor metroferroviário no início de 2021. A estimativa é de que a redução inicial seja em torno de 30% no volume de passageiros.
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