Após obter fornecedores para apenas 2,3% de seringas e agulhas em uma primeira tentativa de compra, o Ministério da Saúde decidiu fazer uma requisição administrativa dos estoques de fabricantes nacionais desses produtos.
Na prática, isso indica que essas empresas só poderão vender o material excedente à pasta. O objetivo é garantir material para iniciar o plano de vacinação contra a Covid-19.
A informação foi confirmada por representantes do ministério na noite desta segunda-feira (4).
Segundo a pasta, a medida atinge fabricantes representados pela Abimo e ocorre "enquanto não se conclui o processo licitatório normal, que será realizado o mais breve possível".
Antes das seringas, o Ministério da Saúde já adotou modelo semelhante de requisição para compra de medicamentos usados na intubação de pacientes com Covid-19, por exemplo.
Em nota, a pasta diz que a nova requisição "visa a atender às necessidades mais prementes para iniciar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19".
Diz ainda que aguarda confirmação das quantidades disponíveis no estoque das empresas e que deve iniciar um novo pregão "o mais rápido possível".
A iniciativa ocorre após um pregão realizado pelo Ministério da Saúde no dia 29 de dezembro obter fornecedor para apenas 7,9 milhões de seringas e agulhas -a pasta previa obter 331 milhões de unidades desses produtos.
Na ocasião, o preço cobrado pelas empresas ficou acima do valor estimado pelos técnicos do governo, o que frustrou a negociação.
Como deixou a compra de insumos para última hora, a pasta se viu diante de uma escassez de produtos, de uma disputa mundial pelos insumos e de preços impraticáveis dada a grande procura.
Após o fracasso do primeiro pregão, técnicos do ministério têm conversando com empresas que apareceram para a disputa. Os dois lados tentam adequar propostas, e o mais provável é que a pasta aceite pagar mais por seringas e agulhas.
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