A bancada do Psol na Câmara dos Deputados acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar o caso dos dossiês criados por grupos radicais bolsonaristas e olavistas a respeito de servidores da Secretaria Especial da Cultura (Secult).
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o pedido do partido consta em um ofício protocolado na última sexta-feira (23) e assinado por outros parlamentares da oposição.
Revelados pela coluna Painel, também na Folha, os dossiês classificam os servidores em “militantes de esquerda” e conservadores, sendo que os primeiros são atacados ou exonerados. Segundo a publicação, o material costuma ser enviado ao secretário Mario Frias por WhatsApp ou e-mail, sem assinatura.
"Servidora, há anos e é militante esquerdista, tirar cargo de gratificação. Faz movimentos na Funarte contra governo. Companheira de Marcos Teixeira [Campos, presidente substituto da Funarte na gestão de Regina Duarte], turma do Humberto Braga [presidente da Funarte no governo Michel Temer (MDB)], levantar açãos contra o governo (sic)", diz parte de texto de uma planilha à qual o jornal teve acesso.
Foto: Reprodução / Coluna Painel
No pedido protocolado junto à PGR, por sua vez, os deputados denunciam a prática não republicana. “O viés autoritário e antidemocrático da gestão à frente do Poder Executivo Federal não pode contaminar a gestão pública através de ameaças e aparelhamentos”, diz o texto.
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