segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Reconhecimento Facial já ajudou a encontrar 380 foragidos da Justiça na Bahia

 

Reconhecimento Facial já ajudou a encontrar 380 foragidos da Justiça na Bahia
Foto: Alberto Maraux / SSP-BA

Subiu para 380 o número de procurados pela Justiça encontrados com o auxílio do Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA). Mais dois criminosos que circulavam por Salvador foram encontrados na tarde e noite do sábado (20), segundo informações da pasta.

 

Equipes do Centro Integrado de Comunicações (Cicom) receberam o primeiro alerta as 13h46, que revelou 95% de similaridade após um suspeito procurado por tráfico de drogas passar por um dos pontos monitorados pela ferramenta.

 

Policiais da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pernambués) deram apoio na abordagem e, após a confirmação dos documentos pessoais, conduziram o homem, que possuía mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal do Júri e Execuções Penais e Infância e Juventude de Riachão do Jacuípe para a sede da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter).

 

Por volta das 20h30 um novo alerta. Desta vez, um criminoso com mandado de prisão pelo crime de roubo, expedido pela Vara, Júri e Execuções Penais de Lauro de Freitas, que não retornou para a prisão após o benefício da saída temporária, foi flagrado pelas câmeras inteligentes da SSP, após o sistema apontar 90% de semelhança.

 

Rapidamente o Cicom acionou guarnições do Batalhão Especializado em Polícia Turística (BEPTur) que ajudaram a recapturar o suspeito. Ele também foi levado para a Polinter, onde teve o mandado cumprido e será levado novamente ao sistema penitenciário.

João Burse reconhece má atuação do Leão na vitória sobre o Paysandu: 'Cobrei demais deles'

 

João Burse reconhece má atuação do Leão na vitória sobre o Paysandu: 'Cobrei demais deles'
Foto: Enaldo Pinto / Ag. Haack / Bahia Notícias

O técnico João Burse admitiu que o Vitória não jogou bem na tarde deste domingo (21). No entanto, apesar da atuação abaixo do esperado, o Leão bateu o Paysandu por 1 a 0, no Barradão, pela primeira rodada da segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro.

 

"Foi um jogo onde não tivemos boa atuação. Cobrei demais eles, porque estávamos jogando fora do bloco, principalmente Dionísio e Eduardo. A gente não estava conseguindo fazer a superioridade no meio-campo. Com os laterais indo um pouco mais à frente, a gente estava se enroscando com os extremos. A gente ajustou isso no intervalo, até começamos o segundo tempo um pouco mais dentro do campo do adversário. Já tínhamos treinado a situação com dois centroavantes e no momento que fizemos essa mudança foi justamente para Honório, que estava aberto como extremo, flutuar como meia e adiantar Alemão. A gente estava fazendo uma saída com três que aconteceu muito pouco. Era uma saída com três, com Sanchez, Marco Antônio e Alan Santos, que faria um 3-3 com Zé Vitor, Dionísio e Honório flutuando. A gente deixaria os dois centroavantes, um lateral fazendo o papel de amplitude, que no caso era Alemão, e do outro lado era Rafinha. Executamos pouco isso, não conseguimos executar com perfeição e acabou que perdemos o meio-campo em alguns momentos e dando muito contra-ataque, erramos muito nesse terço final. Mas o objetivo foi alcançado em relação a ter os dois centroavantes na área. A gente queria que essa bola passasse mais por ali e tivesse dois perto da área. Graças a Deus. Passou por Dinei e estava Rodrigão ali para fazer", avaliou na entrevista coletiva.

 

O Leão jogou praticamente toda a partida com um homem a mais. O Paysandu perdeu Mikael expulso aos oito minutos do primeiro tempo por dar um pisão em Rafinha, que estava caído após sofrer uma falta. Após consultar o VAR, o árbitro Dyorgines José Padavoni mostrou o vermelho direto. Para Burse, a desvantagem numérica dificultou a vida do Rubro-Negro já que o adversário se fechou na defesa. 

 

"Com um jogador a menos, eles acabaram se abdicando um pouco e ficando só com a transição, se fecharam bastante. Automaticamente isso gera ansiedade para acelerar o jogo, para tentar jogar por dentro. Em alguns momentos esse jogo estava mais por fora. Até por isso colocamos mais um centroavante depois para justamente explorar e termos mais gente dentro da área para aproveitar isso. Credito isso, principalmente ao nosso torcedor que continuou nos apoiando até o final jogo, acreditando juntamente como todo nós dentro de campo, de que era possível fazer o gol. Com entrega, vontade e dedicação conseguimos fazer o gol", analisou.

 

Com o resultado, o Vitória conquista os primeiros três pontos na fase decisiva logo na estreia e é o segundo colocado na tabela do grupo C, atrás do ABC, que é líder, por causa do saldo de gols. O Leão volta ao gramado no próximo domingo (28), às 17h, contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli, pela segunda rodada.

Lateral André, do Bahia, sofre acidente de carro na Ilha de Itaparica

 

Lateral André, do Bahia, sofre acidente de carro na Ilha de Itaparica
Foto: Divulgação / EC Bahia

O jovem lateral-direito André, do Bahia, sofreu um acidente de carro no último domingo (22), na Ilha de Itaparica. Segundo comunicado do clube, o atleta passa bem e não teve danos físicos.

 

André estava no banco do carona. No acidente, o carro desviou de um cavalo que estava na pista e bateu. 

 

Após a folga no final de semana, o clube tricolor volta a treinar nesta segunda-feira (22), às 9h, no CT Evaristo de Macedo. O jogador não preocupa para o jogo contra o Vasco, marcado para o próximo domingo (28), às 16h, na Arena Fonte Nova.

Adversários correm contra o tempo, mas ACM Neto não pode só ficar assistindo

 

Adversários correm contra o tempo, mas ACM Neto não pode só ficar assistindo
Foto: Jefferson Peixoto/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

O registro observado no último levantamento do Instituto Paraná Pesquisas mostra que ACM Neto (União) tem pouco espaço para aumentar suas intenções de voto, enquanto os adversários, Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL), apresentam a possibilidade de melhorar os índices. É um padrão verificado em outras pesquisas, ainda que não dê para compará-las exatamente. E é fruto da ampla liderança que, até o momento, vem sendo mantida.

 

Essa padronização aparece também nas análises de levantamentos nacionais. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera, com certo nível de consolidação e com quase nenhuma oscilação, e Jair Bolsonaro (PL) cresce, gradualmente, amparado nas ações de governo, que começam a aparecer nas intenções de voto. O ponto crucial a ser observado nas duas situações é o fator tempo, que pode ser decisivo para os favoritos até aqui.

 

Faltando 41 dias para as urnas, há um curto espaço de tempo para que os candidatos que estão atrás consigam as viradas históricas prometidas - sim, nesse sentido o PT baiano e o entorno de Bolsonaro se parecem. Como a campanha no rádio e na televisão começa apenas no dia 26, os postulantes a mandatos vão ter que fazer malabarismos para conseguir atingir o eleitor. No Brasil, a mídia será fundamental. Na Bahia, cada lado escolhe um argumento diferente para analisar a própria condição.

 

O PT de Jerônimo vai endossar o legado dos governos de Jaques Wagner e Rui Costa e repetir, reiteradas vezes, que Jerônimo é o time de Lula na Bahia. Com uma campanha curta, já que o nome do candidato foi definido apenas em março, essa é o principal investimento a ser feito. Tornar o petista conhecido ao mesmo tempo em que o associa a grandes eleitores. A estratégia está delineada há tempos, inclusive. Resta saber se vai dar o resultado esperado até 2 de outubro.

 

Já ACM Neto começou sua jornada como candidato ao governo da Bahia ainda quando prefeito de Salvador. A construção discursiva de competência da gestão vem de lá e, sem as amarras da prefeitura, ele foi ao interior para iniciar a pré-campanha. Até lançamento do período extraoficial aconteceu, em dezembro do ano passado, mostrando o nível de profissionalização da estratégia. Nessa posição confortável, ela assistiu o bate-cabeças dos adversários que respingou na chegada do Progressistas ao grupo político liderado por ele. Ou seja, ele aparece à frente das pesquisas porque construiu esse retrato.

 

João Roma vai usar o tempo disponível para se associar ainda mais a Bolsonaro. Porém a chance de sucesso nas urnas dele é baixa. A candidatura dele é, no fundo no fundo, palco apenas para que o presidente tenha alguém defendendo ele na Bahia. Então, ele pode crescer, mas dentro do teto do bolsonarismo local, algo bem menor que a influência de Lula, por exemplo.

 

De um jeito ou de outro, é importante acompanhar a evolução das intenções de voto entre os candidatos. Por enquanto, é inegável a tendência de que as posições dos postulantes na corrida não devem mudar. Mas é claro que tudo pode mudar, principalmente caso haja algum tipo de terremoto político. Afinal, os baianos tendem a gostar de um efeito surpresa.

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Governo amplia isenção de impostos a pastores em meio a campanha que mira evangélicos

 

Governo amplia isenção de impostos a pastores em meio a campanha que mira evangélicos
Foto: Isac Nóbrega / PR

A Receita Federal decidiu adotar uma interpretação da legislação que, na prática, amplia o alcance da isenção de contribuições previdenciárias sobre a remuneração de pastores, em uma medida que favorece diretamente aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL).
 

O ato, assinado pelo secretário especial da Receita, Julio Cesar Vieira Gomes, foi publicado no Diário Oficial da União em 1º de agosto, a duas semanas do início da campanha eleitoral e no momento em que Bolsonaro busca consolidar o apoio dos evangélicos à sua tentativa de reeleição.
 

Gomes é próximo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, e tem interlocução direta com o chefe do Executivo. Bolsonaro declarou, nesta terça-feira (16), que a medida atende a um pedido feito pelos pastores para pôr fim ao que eles chamam de "perseguição" da Receita Federal.
 

Procurado, o Fisco diz que o ato consolida um "entendimento já vigente", embora reconheça que a "diversidade de documentos" sobre o tema "acabava, até então, por gerar divergências internas".
 

"A consolidação do entendimento num único normativo permitiu otimizar a publicidade, tanto para os auditores-fiscais quanto para os contribuintes, trazendo ganhos de segurança jurídica, redução de litígios e de conformidade", afirma o órgão.
 

Técnicos ouvidos reservadamente pela Folha de S.Paulo avaliam que a medida assinada por Gomes amplia de forma explícita os casos de isenção e enterra de vez os processos de fiscalização sobre a remuneração de pastores ainda em curso no âmbito da Receita.
 

Na lista pública de devedores inscritos na Dívida Ativa da União, as entidades religiosas mantêm uma débito de R$ 1,02 bilhão, dos quais R$ 951 milhões são relacionados à Previdência. A Receita, por sua vez, disse não ter um levantamento sobre fiscalizações em âmbito administrativo.
 

O alvo da controvérsia é a prebenda, como é chamada a remuneração paga ao pastor ou líder do ministério religioso por seus serviços.
 

A lei isenta o valor do recolhimento de contribuição previdenciária, desde que ele tenha relação com a atividade religiosa e não dependa da natureza ou da quantidade de trabalho.
 

A Receita, porém, detectou nos últimos anos que algumas igrejas usavam a prebenda para driblar a fiscalização e distribuir uma espécie de participação nos lucros aos pastores que reuniam os maiores grupos de fiéis (beneficiando lideranças de templos em grandes cidades ou bairros, por exemplo) ou as maiores arrecadações de dízimo.
 

O Fisco aplicou multas milionárias e exigiu o pagamento da alíquota previdenciária de 20% sobre os valores pagos a pastores, dirigentes e lideranças religiosas. O entendimento dos auditores era o de que a isenção não se aplicava a mecanismos de remuneração variável.
 

A partir daí, a busca pelo perdão tributário e pela flexibilização das regras passou a ser uma pauta prioritária da bancada evangélica no Congresso Nacional.
 

Em 2015, uma primeira lei estipulou que valores diferenciados, pagos em dinheiro ou como ajuda de custo de moradia, transporte e formação educacional, também seriam isentos de tributação.
 

O Fisco reagiu exigindo recibos desses gastos e multou quem não conseguiu comprovar a natureza das despesas. A Receita ainda adotou entendimento de que a nova lei não retroagia, ou seja, as multas expedidas antes de sua publicação continuavam valendo.
 

Em 2020, Bolsonaro sancionou uma lei que previa expressamente a retroatividade da isenção previdenciária mais ampla sobre a prebenda, aprovada cinco anos antes. A intenção era derrubar as multas que ainda pairavam sobre pastores aliados.
 

No entanto, a controvérsia no âmbito da fiscalização continuou, uma vez que, segundo fontes do governo, os auditores não viram nenhuma mudança no alcance das isenções.
 

Em setembro de 2021, por exemplo, uma solução de consulta publicada pela Coordenação-Geral de Tributação afirmou que, caso o pagamento pela instituição se dê com características inerentes a remuneração por serviços prestados pelo ministro de confissão religiosa, o valor recebido deveria ser considerado na base de cálculo da contribuição previdenciária.
 

O mesmo entendimento valeria para valores pagos "de forma excedente ao necessário para fins de subsistência da pessoa".
 

O ato de Gomes, por sua vez, diz que o pagamento de valores diferenciados, no montante ou na forma, "não caracteriza esses valores como remuneração sujeita à contribuição". No texto, são citados como fatores de diferenciação "antiguidade na instituição, grau de instrução, irredutibilidade dos valores, número de dependentes, posição hierárquica e local do domicílio".
 

A norma também diz que só será considerada remuneração tributável a parcela paga em condições "comprovadamente" relacionadas à natureza e à quantidade do trabalho executado.
 

Por ser assinado pelo secretário especial, o documento se sobrepõe a qualquer solução de consulta divergente sobre o tema.
 

A inserção do local do domicílio é apontada por técnicos críticos da medida como um fator chave para os pastores, uma vez que igrejas localizadas em grandes cidades ou bairros nobres costumam ter melhores resultados em termos de fiéis e arrecadação. A posição hierárquica também pode abrir brechas para repasses mais significativos às lideranças religiosas, que ficarão livres de tributação.
 

A Receita afirma em nota que "o recebimento da prebenda, seja em parcela fixa ou variável, não está sujeito à incidência de contribuição previdenciária".
 

Em 1º ato de campanha, Bolsonaro diz que a isenção não era cumprida por 'perseguição' e citou o ato do Fisco durante encontro com lideranças religiosas em Juiz de Fora (MG), em seu primeiro ato de campanha, que começou oficialmente na terça-feira. A reunião foi fechada, mas o discurso do chefe do Executivo teve transmissão nas redes sociais.
 

O presidente iniciou seu discurso respondendo a um pedido do pastor Aloizio Penido, que teria solicitado uma solução para as cobranças da Receita. "A reivindicação já foi aceita, [o ato] está publicado no Diário Oficial da União", disse o presidente, acrescentando que entregaria uma cópia do documento ao pastor.
 

O chefe do Executivo disse ainda que a mudança na tributação dos pastores já deveria estar sendo cumprida, mas não ocorreu por "perseguição". Em 2019, ele usou o mesmo termo para se queixar de que auditores estariam realizando uma devassa contra sua família.
 

"O que ele [pastor] reivindicou está claríssimo na nossa Constituição, mas por questões de, no meu entender, perseguição, isso não era cumprido. E a Receita agora entendeu, depois de um projeto aprovado no Congresso, que essas isenções se fazem em todo o seu espectro", disse o mandatário em Juiz de Fora.
 

A Constituição dá às igrejas imunidade tributária contra a cobrança de impostos, mas não alcança as contribuições, um tipo distinto de tributo que abarca os recolhimentos previdenciários.
 

O presidente afirmou também que os representantes religiosos devem procurar seu governo, caso haja algo que não tenha sido enquadrado na isenção pela Receita, para que se busque uma "alternativa".
 

Segundo pesquisa do Ipec divulgada na segunda-feira (15), Bolsonaro segue em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto a 45 dias das eleições, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo tem 32%, contra 44% do petista.
 

Entre os evangélicos, contudo, é Bolsonaro quem está na frente. A última pesquisa Datafolha, divulgada em julho, mostra que o presidente conseguiu uma dianteira de dez pontos percentuais em relação a Lula nesse segmento: 43% a 33%.
 

As isenções tributárias estão entre os principais gastos do governo federal, apesar de terem sido alvo de promessas de redução do governo na área econômica.
 

A União vai gastar neste ano R$ 367 bilhões em vantagens tributárias concedidas a determinados grupos sem contrapartidas comprovadas para a sociedade. A avaliação é da Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) e aponta para o maior valor desde que o levantamento começou a ser feito, em 2020.
 

O aumento nominal de 16% é observado após movimentos ineficazes de governo e Congresso sobre o tema. As contas incluem tanto benefícios previstos em lei, como subsídios à indústria automobilística, como omissões do poder público na tributação de itens considerados importantes pela entidade, como a taxação do patrimônio dos mais ricos.
 

Bolsonaro deve crescer nas pesquisas e tornar campanhas mais agressivas, diz analista da XP

 

Bolsonaro deve crescer nas pesquisas e tornar campanhas mais agressivas, diz analista da XP
Foto: Reprodução/Agência Brasil

As medidas econômicas adotadas pelo governo nas últimas semanas, a menos de dois meses das eleições, como redução nos preços da energia e dos combustíveis e aumento do Auxílio Brasil, devem levar a um aumento nas intenções de voto no presidente Jair Bolsonaro (PL), com um consequente acirramento das campanhas eleitorais.
 

A previsão é de Richard Back, chefe de análise política da XP Investimentos.
 

"Acho que o Bolsonaro tem mais cara de 40% [de intenções de voto] do que cara de 30%. [O atual presidente] vai subir [nas pesquisas] e vai ser muito mais apertado do que parecia antes", afirmou Back, durante participação em evento da gestora Tag Investimentos nesta quarta-feira (17), em São Paulo.
 

Pesquisa de intenções de voto realizada pelo Datafolha no final de julho apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 52% das intenções de votos válidos na disputa, contra 32% de Bolsonaro.
 

Essa subida do incumbente "vai assustar o PT, vai assustar o Lula, e aí a campanha vai ficar cada vez mais movimentada e agressiva. Não vai ser campanha de grandes debates, vai ser campanha de grandes pancadarias", afirmou Back.
 

O analista político da XP disse também que o que chamou de "terceiro turno" -um cenário em que o presidente Bolsonaro perde as eleições e passa a questionar os resultados- é um risco presente no radar dos investidores, tanto no Brasil como no exterior.
 

Back afirmou ser possível que nas semanas seguintes ao pleito presidencial haja algum "agito" entre o eleitorado bolsonarista, com manifestações contrárias à vitória do ex-presidente Lula e ao processo eleitoral de forma geral.
 

"Acredito em algum nível de agitação", disse o analista da XP, acrescentando que prevê uma vitória do ex-presidente Lula nas eleições.
 

Um dos principais gestores do país, Luis Stuhlberger, da Verde Asset, afirmou recentemente que um questionamento sobre o resultado das eleições é o maior risco hoje no mercado brasileiro.
 

"Se tivermos 15 dias de bagunça pós-eleições, é difícil termos um mercado muito tranquilo em uma situação como essa, mesmo que não dê em nada", afirmou Tiago Berriel, economista-chefe do BTG Pactual Asset Management, também presente no evento da Tag.
 

Copa do Mundo deve arrefecer ânimos, prevê analista Back, da XP, afirmou, contudo, que não espera que o movimento questionando o resultado eleitoral se prolongue por muito tempo e provoque algum risco mais palpável de qualquer tipo de ruptura institucional.
 

As próprias manifestações em defesa da democracia, com parte relevante do empresariado sinalizando que não irá apoiar qualquer tentativa de golpe, contribuem para reduzir o risco de ruptura, afirmou o analista.
 

Além disso, a Copa do Mundo na esteira das eleições tende a contribuir para um arrefecimento de um agito social maior por conta do resultado eleitoral, assinalou Back.
 

O analista da XP disse ainda que é difícil prever neste momento quais devem ser os nomes fortes de um eventual futuro governo petista no campo econômico.
 

Segundo o especialista, as opções do ex-presidente Lula na economia englobam nomes que podem ser recebidos de maneiras bastante distintas pelo mercado, citando entre as possíveis alternativas desde o ex-ministro Aloizio Mercadante e a ex-presidente Dilma Rousseff, até o economista Pérsio Arida.
 

A margem de folga em relação ao presidente Bolsonaro em um provável segundo turno, acrescentou Back, deverá balizar a escolha do candidato petista na economia, com um nome mais pró-mercado em caso de uma vitória apertada, e com uma indicação que talvez não seja tão bem recebida pelos investidores, caso a distância seja mais dilatada.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Eleições 2022: Entenda a diferença entre enquete e pesquisa eleitoral

 

Eleições 2022: Entenda a diferença entre enquete e pesquisa eleitoral
Foto: Fábio Pozzebom / Agência Brasil

Com a chegada do ano eleitoral é comum vermos muitas pessoas questionando a confiabilidade das pesquisas que mostram como está o cenário para a corrida presidencial, bem como aquelas que apresentam dados sobre os candidatos a governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. O que poucos sabem é que as pesquisas de intenção de voto são indispensáveis para o andamento das eleições.

 

Os dados coletados em pesquisas eleitorais auxiliam o público em geral a analisar o cenário pré-eleição e as possibilidades que cada político tem de vencer. Além disso, é uma estratégia utilizada pelos partidos políticos como avaliação das estratégias e chances de cada candidato. Por utilizarem métodos científicos para obtenção dos dados, as pesquisas refletem, de forma fidedigna, a intenção de voto da população brasileira.

 

No entanto, por não saberem como funciona o processo de pesquisa eleitoral e as etapas que definem as variáveis (características que representem a maior parte da população população, como: gênero, raça, escolaridade, etc) e a amostragem (grupo de pessoas com as particularidades definidas como variáveis selecionadas a partir de dados do IBGE), facilmente surgem dúvidas sobre a diferença entre enquete e pesquisa.

 

Proibida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em períodos de campanha eleitoral, a enquete ou sondagem não é realizada com a preocupação de selecionar uma amostragem fiel ao universo que irá representar e não utiliza métodos pensados para eliminar os vieses (erros sistêmicos). Em outras palavras, a enquente nada mais é do que uma coleta de opiniões de um grupo específico que se prontificou, espontaneamente, a responder determinadas questões.

 

“A pesquisa eleitoral tem um caráter importante para auxiliar o cidadão em quem votar. Diferentemente de enquetes que você pode encontrar e votar em sites e redes sociais, as pesquisas eleitorais envolvem uma metodologia estatística para que seus resultados reflitam de forma fidedigna a intenção de voto da população brasileira”, explica Diego Oliveira, CEO da Youpper Insights, empresa especializada em Pesquisa de Mercado, Planejamento de Marketing e Relacionamento.

 

As pesquisas eleitorais não se baseiam em dados absolutos, ou seja, os valores, opiniões, dados, entre outras informações coletadas através das entrevistas apresentam estimativas, já que variam conforme a opinião pública e, também são impactadas pelo andamento das campanhas eleitorais (debates, comícios, propostas, entre outras coisas mais). Por isso, todos os resultados são acompanhados com margem de erro, um cálculo que apresenta a quantidade máxima de erro que os dados obtidos podem ter, o padrão utilizado nas pesquisas é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

“Os resultados podem interferir no jogo político, graças a comportamentos como o voto útil, por exemplo, que é quando o eleitor deixa de votar no candidato de sua preferência porque considera que ele não tem chances de vencer ou chegar ao segundo turno. Por isso, os principais veículos de comunicação do país optam por enfatizar pesquisas com maior amostragem e melhor plano amostral, que costumam ter resultados mais confiáveis”, complementa Diego Oliveira, CEO da Youpper Insights.

 

COMO SÃO FEITAS AS PESQUISAS ELEITORAIS?

Diego Oliveira, CEO da Youpper Insights, empresa especializada em Pesquisa de Mercado, Planejamento de Marketing e Relacionamento, explica como funciona a metodologia de apuração aplicada durante todo o período de eleições. “As principais pesquisas eleitorais costumam incluir uma pergunta espontânea e outra estimulada”, explica.

 

De modo geral, a abordagem espontânea consiste em perguntar ao entrevistado qual seria a sua opção de voto para um cargo específico sem dar alternativas de candidatos. Diego Oliveira explica que esse tipo de pesquisa ajuda a medir o conhecimento e lembrança prévios dos eleitores em relação aos candidatos e exemplifica: “se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para [cargo em disputa]?”

 

Já na pesquisa estimulada, o entrevistado escolhe sua opção de voto entre as alternativas impostas pelo entrevistador. Nesse caso, a abordagem é utilizada para medir a força dos candidatos em determinados cenários de confronto. Diego Oliveira aponta que um exemplo comum de perguntas realizadas neste tipo de entrevista é “se as eleições fossem hoje e os candidatos fossem esses, em quem você votaria?”.

 

A seleção dos entrevistados é feita com base nos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o instituto de pesquisa contratado para realizar a abordagem seleciona um grupo de pessoas com características que representem toda a população, como idade, renda, gênero, escolaridade, entre outros atributos. Após essa captação de dados, os entrevistadores entram em contato com as pessoas e a entrevista pode ser feita na rua (em locais de grande circulação) ou na própria residência do entrevistado.

 

Com relação à contratação das pesquisas, a encomenda pode ser realizada por grupos políticos, instituições financeiras, grupos de mídias e também por instituições financeiras privadas para monitorar a situação dos candidatos. Porém, antes da divulgação dos dados colhidos, a pesquisa precisa ser registrada na Justiça Eleitoral em até cinco dias antes da publicação.

 

As empresas responsáveis pela realização da pesquisa precisam encaminhar um documento com as seguintes informações: Quem contratou a pesquisa; Nome de quem pagou pela realização do trabalho; Cópia da nota fiscal; Valor e origem dos recursos; Metodologia e período de realização da pesquisa; Plano amostral; Ponderações estatísticas ; Intervalo de confiança e margem de erro; Sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e o Questionário aplicado.

 

Uma pesquisa confiável deve seguir todas as diretrizes determinadas pelo TSE, nenhum resultado é 100% preciso, mas “é importante que todos saibam que existe ciência e método por trás das pesquisas, de modo que, mesmo consultando apenas um pequeno percentual da população brasileira (amostra), seus resultados sejam próximos da real intenção de voto do eleitorado”, finaliza Diego Oliveira, CEO da Youpper Insights.

Ponte Salvador – Ilha de Itaparica: MP recomenda realização de estudos técnicos

 

Ponte Salvador – Ilha de Itaparica: MP recomenda realização de estudos técnicos
Foto: Reprodução

Os promotores de Justiça Cristina Seixas Graça, Ivan Ito de Oliveira e Eduvirges Tavares, do Ministério Publico estadual, recomendaram que o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) adote uma série de medidas no processo de licença prévia de instalação do Sistema Rodoviário Ponte Salvador – Ilha de Itaparica. No documento, eles destacaram que a obra causará “grandes impactos” nas Áreas de Preservação Permanente, Unidades de Conservação, Mata Atlântica e Ecossistemas Associados (supressão de fauna) e Recursos Hídricos nos municípios de Salvador, Itaparica e Vera Cruz, os quais deverão ser preservados.

 

Os promotores ainda orientaram que o órgão determine aos empreendedores a realização e complementação de diversos estudos, como o que considere os reais impactos que serão ocasionados ao meio ambiente pela supressão de 254 hectares de manguezais.

 

De acordo com o MP, o objetivo da recomendação é a “defesa do direito ao meio ambiente hígido e dos direitos fundamentais da presente e futuras gerações, em especial da sociedade baiana e das comunidades e povos tradicionais envolvidos na área de influência direta e indireta do empreendimento”. Para isso, os promotores de Justiça solicitam ao Inema que determine a elaboração de plano que abarque o monitoramento e controle dos impactos decorrentes do empreendimento sobre as espécies bentônicas (que vivem no fundo do mar) que se encontram na Baía de Todos os Santos durante o período de implantação e operação da ponte; de estudo sobre o grau de interferência do empreendimento nas unidades de conservação, nas áreas de floresta ombrófila (mata atlântica), decorrentes da potencial supressão devido à ocupação urbana, desenvolvimento de projetos turísticos e econômicos e com o desenvolvimento da região em razão da presença do empreendimento; e de estudo com o mesmo objeto na fase de implantação, que se debruce acerca dos impactos diretos e indiretos, como a construção da rodovia e a instalação dos canteiros de obra sobre a mata atlântica. O Inema também foi recomendado a cobrar a realização de estudo que avalie os impactos de possível alteração da dinâmica costeira em cada praia da Ilha de Itaparica, dentre outros.

 

Foi recomendado ainda pelo MP que o órgão ambiental exija que, antes da instalação dos canteiros de obras, sejam realizadas sondagens para caracterização do subsolo e para verificar a permeabilidade e o nível da água, haja vista as áreas da Ilha de Itaparica se caracterizarem por solos arenosos e lençol freático próximo à superfície, o que propicia a contaminação do solo por substâncias químicas perigosas. Além disso, deverá fiscalizar o fiel cumprimento dos programas e planos voltados ao gerenciamento dos resíduos sólidos e dos resíduos de construção civil; requisitar a implementação de medidas mitigadoras, como a elaboração de Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC); determinar a elaboração do estudo referente ao abastecimento – consumo de água nos canteiros de obra -, que deve considerar a possibilidade de ocorrência de estiagem. Os promotores recomendam ainda a adoção de diversas outras medidas.

IPEC divulga pesquisas para os governos estaduais de SP, MG, RJ, PE, RS e DF; veja

 

IPEC divulga pesquisas para os governos estaduais de SP, MG, RJ, PE, RS e DF; veja
Lula e Haddad lideram em SP | Foto: Ricardo Stuckert

O IPEC divulgou, na noite desta segunda-feira (15), em parceria com a TV Globo, a primeira rodada de pesquisas para os governos estaduais de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. O instituto também publicou números sobre a disputa presidencial nesses estados. Confira a seguir.

 

SÃO PAULO

Para o governo de São Paulo, a disputa é liderada pelo ex-ministro Fernando Haddad (PT), com 29% das intenções de voto. Ele é seguido pelo também ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 12% da preferência. O atual governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), aparece apenas em terceiro, com 9%.

 

Altino Junior (PSTU), Carol Vigliar (UP), Vinícius Poit (Novo), Gabriel Colombo (PCB) e Elvis Cezar (PDT) registraram 2% da preferência, enquanto Edson Dorta (PCO) teve apenas 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somaram 23%, enquanto 16% não souberam responder.

 

Ainda no maior estado do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 38% das intenções de voto na corrida presidencial. Em segundo lugar, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) soma 28% da preferência dos paulistas. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem apenas 3%.

 

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre os dias 12 e 14 de agosto em 59 municípios paulistas. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-04035/2022.

 

MINAS GERAIS

Em Minas, o atual governador Romeu Zema (Novo) lidera o levantamento, com 40% da preferência dos entrevistados. Em segundo lugar, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), aparece com 22% das intenções de voto. Carlos Viana (PL), apoiado por Bolsonaro, tem apenas 5%.

 

Na corrida presidencial, os mineiros também preferem Lula. O petista tem 39% das intenções de voto em Minas Gerais, contra 26% de Bolsonaro. Em terceiro, Ciro tem 3% da preferência, seguido pela senadora Simone Tebet, com 2%.

 

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas nos dias 12 a 14 de agosto em 67 cidades mineiras. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG?02868/2022.

 

RIO DE JANEIRO

O atual governador do Rio, Cláudio Castro (PL), lidera as intenções de voto em busca da reeleição. Ele tem 21% da preferência do eleitorado, contra 17% do deputado federal Marcelo Freixo (PSB). Rodrigo Neves (PDT) está em terceiro, com 5%, seguido do ex-governador Wilson Witzel (PMB), com 4%.

 

Os fluminenses apresentam ainda uma leve preferência por Lula na disputa presidencial. O petista tem 35% das intenções de voto no Rio de Janeiro, contra 33% de Bolsonaro. Ciro Gomes registrou 3% dos entrevistados, enquanto Tebet ficou com 1%.

 

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre os dias 12 a 14 de agosto em 37 cidades fluminenses. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro sob o protocolo Nº RJ-08527/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR-03082/2022.

 

RIO GRANDE DO SUL

Eduardo Leite (PSDB) lidera a pesquisa para o governo gaúcho. O tucano marcou 32% da preferência, contra 19% de Onyx Lorenzoni (PL); 7% de Edegar Pretto (PT); e 6% de Luís Carlos Heinze (PP).

 

Na corrida presidencial, Lula também lidera no Rio Grande do Sul, com 40% das intenções de voto. Bolsonaro, em segundo lugar, tem 35% da preferência, contra 7% de Ciro Gomes e 2% de Simone Tebet.

 

A pesquisa ouviu 1.008 pessoas entre os dias 12 e 15 de agosto em 56 municípios. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos, considerando nível de confiança de 95%. A pesquisa foi contratada pela RBS PARTICIPAÇÕES S.A e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-04133/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número RS-08381/2022.

 

PERNAMBUCO

Em Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) lidera com grande folga a disputa pelo governo do estado, com 33%. Empatados tecnicamente em segundo lugar, estão Raquel Lyra (PSDB), com 11%; Anderson Ferreira (PL), com 10%; Miguel Coelho (União), com 9%; e Danilo Cabral (PSB), com 6%.

 

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre os dias 12 e 14 de agosto em 50 cidades pernambucanas. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09411_2022.

 

DISTRITO FEDERAL

Na capital do Brasil, a tendência hoje é que o atual governador Ibaneis Rocha (MDB) seja reeleito. O gestor tem 38% das intenções de voto e é seguido de longe por Paulo Octávio (PSD), com 9%; Leila do Vôlei (PDT), com 8%; Izalci (PSDB), com 5%; Leandro Grass (PV), com 4%; Rafael Parente (PSB), com 3%; Keka Bagno (PSOL), com 2%; e Lucas Salles (DC), com 1%.

 

A pesquisa, encomendada pela TV Globo, ouviu 1.200 pessoas entre os dias 12 e 14 de agosto, em Brasília. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. O levantamento registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR?07937_2022 e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo Nº DF?02251_2022.

Quase 81% dos deputados estaduais tentam reeleição em 2022; seis disputarão Câmara

 

Quase 81% dos deputados estaduais tentam reeleição em 2022; seis disputarão Câmara
Foto: Divulgação / AL-BA

Quase 81% dos deputados estaduais disputarão a reeleição no próximo mês de outubro. Dentre os 63 atuais parlamentares da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), 51 tentam continuar na Casa pelos próximos quatro anos. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias de acordo com informações disponíveis na plataforma "Divulgação de Candidaturas", do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

O presidente da AL-BA, deputado Adolfo Menezes (PSD), é um dos que buscam a reeleição, assim como os líderes do governo - Rosemberg Pinto (PT) - e da oposição - Sandro Régis (União).

 

Da base do governo, também tentam a reeleição os parlamentares Alan Castro (PV), Alex da Piatã (PSD), Angelo Almeida (PSB), Bira Corôa (PT), Bobô (PCdoB), Eduardo Alencar (PSD), Euclides Fernandes (PT), Fabíola Mansur (PSB), Fabrício Falcão (PCdoB), Fátima Nunes (PT), Ivana Bastos (PSD), Jacó (PT), Junior Muniz (PT), Jusmari Oliveira (PSD), Marcelino Galo (PT), Maria del Carmen (PT), Marquinho Viana (PV), Neusa Cadore (PT), Olívia Santana (PCdoB), Osni Cardoso (PT), Paulo Rangel (PT), Roberto Carlos (PV), Robinson Almeida (PT), Vitor Bonfim (PV), Zé Raimundo (PT) e Zó (PCdoB).

 

Pela oposição, disputam mais um mandato os deputados Alan Sanches (União), Antonio Henrique Jr. (PP), Pastor Carlos Ubaldino (PDT), David Rios (União), Eduardo Salles (PP), Hilton Coelho (PSOL), Josafá Marinho (Patriota), José de Arimateia (Republicanos), Jurailton Santos (Republicanos), Kátia Oliveira (União), Laerte do Vando (PSC), Luciano Simões Filho (União), Marcelinho Veiga (União), Mirela Macedo (União), Nelson Leal (PP), Niltinho (PP), Paulo Câmara (PSDB), Pedro Tavares (União), Robinho (União), Samuel Jr. (Republicanos), Soldado Prisco (União) e Tiago Correia (PSDB).

 

Dos 12 deputados estaduais que não tentarão a reeleição, a metade buscará uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília. São os casos de Capitão Alden (PL), Dal (União), Diego Coronel (PSD), Leo Prates (PDT), Talita Oliveira (Republicanos) e Tum (Avante).

 

Aderbal Caldas (PP), Alex Lima (PSB), Jurandy Oliveira (PSB), Luiz Augusto (PP), Rogério Andrade Filho (PSD) e Tom Araújo (União) não disputarão cargos eletivos em 2022.

Mais de 90% dos deputados federais da Bahia vão disputar reeleição em 2022

 

Mais de 90% dos deputados federais da Bahia vão disputar reeleição em 2022
Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

Mais de 90% dos deputados federais da Bahia vão disputar a reeleição em 2022. Dos 39 nomes, 36 buscam manter os mandatos na Câmara dos Deputados. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias de acordo com informações disponíveis na plataforma "Divulgação de Candidaturas", do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Entre os partidos com maior número de parlamentares que tentam a reeleição no pleito de outubro estão o Partido dos Trabalhadores (PT) e o União Brasil, com sete deputados cada. No caso do PT são: Afonso Florence; Valmir Assunção; Josias Gomes; Jorge Solla; Waldenor Pereira; Zé Neto e Joseildo Ramos, que diferente dos demais, não foi eleito em 2018 e ficou na suplência. Joseildo assumiu a titularidade do mandato em setembro de 2021 após a renúncia de Nelson Pelegrino para assumir a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

 

Além de Pelegrino, em 2018 o partido elegeu, ainda, Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari e ex-secretário da gestão Rui Costa (PT). Ele teve o registro de sua candidatura cassado pelo TSE sob argumento de improbidade administrativa. No ano passado, ele recuperou os direitos políticos e recentemente assumiu o papel de coordenar a campanha de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo da Bahia.

 

Já pelo União Brasil - legenda derivada da fusão entre o Democratas e o PSL - concorrem à reeleição: Paulo Azi; Leur Lomanto Júnior; Arthur Maia; Elmar Nascimento; Dayane Pimentel, eleita pelo antigo PSL; Igor Kannário e Zé Rocha, que deixou o PL durante a janela partidária.

 

O terceiro partido com mais parlamentares que tentam a manutenção do mandato é o PSD, com cinco deputados: Otto Filho; Sérgio Brito; Antonio Brito; Charles Fernandes e Paulo Magalhães. Os dois últimos não conseguiram se eleger em 2018 e ficaram na suplência. Charles, entretanto, assumiu o mandato no lugar de Luiz Caetano, do PT, e Paulo Magalhães atualmente ocupa a titularidade deixada por José Nunes (PSD), que não vai concorrer em 2022.

 

Também disputam a reeleição no pleito de outubro:

  • Pastor Sargento Isidório (Avante);
  • Bacelar (PV), eleito pelo Podemos;
  • Alice Portugal (PCdoB);
  • Marcelo Nilo (Republicanos), eleito pelo PSB;
  • Adolfo Viana (PSDB);
  • Daniel Almeida (PCdoB);
  • Lídice da Mata (PSB);
  • Cláudio Cajado (PP);
  • Mário Negromonte Jr (PP);
  • Marcio Marinho (Republicanos);
  • Felix Mendonça  Jr. (PDT);
  • Jonga Bacelar (PL);
  • Uldurico Júnior (MDB), eleito pelo PPL;
  • Alex Santana (Republicanos), eleito pelo PDT;
  • Tito (Avante);
  • Raimundo Costa (Podemos), eleito pelo PRP;
  • Joceval Rodrigues (Cidadania), assumiu no mês de julho o mandato com a licença de Abílio Santana.

 

Não disputam a reeleição os deputados Cacá Leão (PP), candidato ao Senado na chapa encabeçada por ACM Neto (União); Ronaldo Carletto (PP), suplente de Cacá, e João Roma (PL), candidato ao governo da Bahia. Até o momento, o TSE já registrou 685 candidaturas de deputado federal na Bahia. Com 39 vagas, o número de candidaturas por vaga é de 17,56.

Bahia surpreende e anuncia o atacante Caio Vidal 'no apagar das luzes'

 

Bahia surpreende e anuncia o atacante Caio Vidal 'no apagar das luzes'
Foto: Divulgação / EC Bahia

O atacante Caio Vidal é o mais novo reforço do Bahia. Ele foi anunciado pelo Esquadrão na noite da última segunda-feira (15), pouco antes do fim das inscrições da ssegunda janela de contratações da temporada. O atleta foi emprestado pelo Internacional até o fim de 2023.

 

Com 21 anos de idade, Vidal teve uma grande temporada de 2020 com o clube gaúcho e foi uma das peças de destaque na equipe durante do Campeonato Brasileiro daquele ano. Pelo Colorado, ele já disputou 73 partidas e marcou seis gols.

 

A última partida de Caio Vidal no Internacional aconteceu no último dia 16 de julho, no empate em 0 a 0 contra o Athletico Paranaense, pelo Brasieirão.

 

O atleta já teve o seu contrato registrado no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com a sua chegada, o Bahia fechou sete contratações na última janela do ano.

 

Primeiro dia de campanha; confira a agenda dos candidatos a governador nesta terça

 

Primeiro dia de campanha; confira a agenda dos candidatos a governador nesta terça
Foto: Reprodução / Facebook

Os candidatos a governador da Bahia se preparam para iniciar a sua agenda de campanha eleitoral nesta terça-feira (16). O início da corrida pela liderança do Palácio de Ondina começa com uma agenda variada entre os candidatos, indo de cultos religiosos à visitas ao interior do estado. Confira abaixo os compromissos dos demais concorrentes governo da Bahia: 


ACM Neto (União):

Manhã:
7h30 - participa de missa na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.
9h30 - participa da Festa de São Roque na cidade de Antônio Cardoso.

Tarde:
15h - Realiza carreta em Feira de Santana. Saída: Av. Nóide Cerqueira, em frente ao Shopping Avenida.

Noite
18h - Comício em Simões Filho. Avenida Washington Luís, em frente ao mercado municipal.


Kleber Rosa (PSOL)

Manhã:
O candidato não possui compromissos

Tarde: 
13h - Vai à Igreja Rosários dos Pretos, no Pelourinho. Em seguida  segue na caminhada Azoany em direção à São Lázaro onde irá participar também do cortejo religioso lúdico. 
16h - O candidato sairá em caminhada com a chapa majoritária da praça Piedade em direção à ocupação "Carlos Mariguella", situada na Escadaria do Couro, na praça Castro Alves.

Noite:

O candidato não possui compromissos

 

João Rosa (PL)

Manhã: 
Entrevistas a emissoras de rádio do interior

Tarde: 
Entrevista ao Balanço Geral, da RecordTV Itapoan. 

17h - O candidato assiste à missa na Igreja do Bonfim.

Noite:
O candidato não possui compromissos

 

A equipe dos candidatos Jerônimo Rodrigues (PT) e Giovanni Damico (PCB) não enviaram suas agendas para a campanha eleitoral desta terça-feira.

BN/ Paraná Pesquisas: ACM Neto venceria no 1º turno; Jerônimo chega a 18,2%

 

BN/ Paraná Pesquisas: ACM Neto venceria no 1º turno; Jerônimo chega a 18,2%
Foto: Montagem / Priscila Melo

Uma nova rodada do levantamento Paraná Pesquisas, em parceria com o Bahia Notícias, aponta que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), mantém a liderança na disputa pelo governo da Bahia e venceria o pleito em primeiro turno. O ex-gestor aparece com 53,5% das intenções de voto, contra 18,2% do candidato Jerônimo Rodrigues (PT). O ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL), fica na terceira posição com 11,1%.

 

Na comparação com a última pesquisa, divulgada no dia 5 de julho, a distância entre ambos diminuiu (lembre aqui). À época, a diferença era 42,2%, enquanto a nova rodada mostra uma redução desse percentual para 35,3%. O levantamento mostra uma queda de 4,5% das intenções de voto de ACM Neto e uma oscilação positiva de Jerônimo de 2,4% - dentro da margem de erro de 2,5%. Roma também oscilou positivamente 2%.

 

Completam a lista Marcelo Millet (PCO), com 0,9%, Giovani Damico (PCB), com 0,4%, e Kleber Rosa (PSOL), com 0,2%. Brancos e nulos marcam 9,1%, enquanto apenas 6,6% disseram não saber ou não responderam. Veja:

 

 Gráfico no cenário estimulado. Foto: Paraná Pesquisas

A pesquisa também fez um levantamento espontâneo, quando o ex-prefeito de Salvador lidera com 24,2%. Jerônimo Rodrigues tem 9,6% e João Roma fica com 6,3%. O governador Rui Costa, que não pode ser candidato à reeleição, foi citado por 0,8% e outros nomes citados somam 0,2%. Mais da metade dos 1.640 entrevistados ainda não decidiram em quem votar: 52,6% disseram não saber ou optaram por não responder. O número de votos brancos e nulos chega a 6,3%.

 

  Gráfico no cenário espontâneo. Foto: Paraná Pesquisas

O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 15 de agosto, em 70 municípios baianos, através de entrevistas pessoais. A margem de erro é de 2,5% e intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob número BA-05896/2022.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

5ª Conferência Estadual de Saúde Mental elege propostas e delegados para etapa nacional

 

5ª Conferência Estadual de Saúde Mental elege propostas e delegados para etapa nacional
Foto: Divulgação / Hillary Fonseca

A 5ª Conferência Estadual de Saúde Mental da Bahia, realizada pelo Conselho Estadual de Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia entre os dias 9 a 11 de agosto, elegeu 12 propostas e 76 delegados e delegadas, da Bahia, que avançam para a Etapa Nacional, que acontecerá em 2023, em Brasília.

 

Com tema “A Política de Saúde Mental como Direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”, a conferência proporcionou a realização de uma palestra Magna com o prof. Roberto Tykanori, apresentações culturais feitas por usuários de saúde mental, além de debates dos grupos de trabalho sobre as propostas votadas.

 

No último dia do evento, o presidente do CES, Marcos Sampaio, recebeu uma moção de aplauso, pelo sucesso na construção e condução da 5ª Conferência Estadual de Saúde Mental, que contribuiu, de forma valiosa e eficaz, no controle social e favorecendo o desenvolvimento das políticas públicas de saúde mental no estado da Bahia.

 

Marcos Sampaio agradeceu a todo o plenário e a todas as pessoas que contribuíram na construção e participação da conferência. “O SUS depende da atuação de cada um de nós todos os dias, e esse é o momento de fortalecimento para que cada um de nós continue cumprindo o seu papel. ”, afirmou.

 

Na oportunidade, também foram homenageadas a professora, Assistente Social e Militante do Movimento Antimanicomial, Edna Amado, e a primeira usuária que esteve nas primeiras conferências de Saúde Mental e artista dos Insênicos, Sônia Ferreira, do CAPS Nzinga.

Lula e Bolsonaro podem ter encontro na posse de Moraes no TSE

 

Lula e Bolsonaro podem ter encontro na posse de Moraes no TSE
Foto: Reprodução/Blog do Jamildo

Opositores ferrenhos, Lula (PT) e Bolsonaro (PL) podem se encontrar durante a posse do ministro Alexandre de Moraes como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O evento acontece na próxima terça-feira (16), às vésperas das eleições.

 

Segundo o Blog do Jamildo, com informações do Poder360, interlocutores apontam que os dois já teriam confirmado presença. Alexandre de Moraes convidou todos os ex-presidentes da República para a cerimônia. 

 

A decisão de Lula teria sido tomada na última sexta-feira (12). De acordo com a publicação, o objetivo do presidenciável seria transmitir uma mensagem de valorização institucional. O petista deve chegar ao evento após passar por evento em São Paulo.

 

Jair Bolsonaro, por sua vez, recebeu o convite do próprio Moraes. A confirmação do presidente aconteceu logo depois, demonstrando uma possibilidade de apaziguamento de ânimos entre os poderes.

 

Os ex-presidentes Fernando Collor, José Sarney e Michel Temer também afirmaram que estarão na cerimônia. Dilma Rousseff ainda não se posicionou.

Prazo para registro de candidaturas se encerra nesta segundaFoto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias Termina nesta segunda-feira (15) o prazo para os partidos políticos, as federações e as coligações darem entrada no registro de candidatos a presidente e a vice-presidente da República, governadores e vice-governadores, senadores, deputados federais, estaduais ou distritais. Os nomes enviados à Justiça Eleitoral, se aprovados, estarão nas urnas eletrônicas em 2 de outubro para escolha popular. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. O prazo final de cadastro está previsto no calendário eleitoral de 2022. O limite para entrega de dados é às 8h, para as candidaturas apresentadas pela internet, e às 19h, para a entrega de mídias com a documentação necessária diretamente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – no caso dos candidatos a presidente – ou nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) – nos demais casos. A legislação eleitoral prevê que, no mínimo, 30% dessas candidaturas às eleições proporcionais deverão ser preenchidas por mulheres. Segundo regras previstas em resolução do TSE, o pedido de registro precisa ser acompanhado da ata da convenção e da respectiva lista de participantes, que deverão ter sido inseridos no sistema CANDex e enviados via internet, ou arquivos digitais gerados pelo sistema entregues à Justiça Eleitoral. No pedido de registro de candidatura, deve ser informado o nome para constar na urna eletrônica. É possível incluir o nome fonético de postulantes, para uso de recursos de acessibilidade da urna. Também devem ser apresentadas: relação de bens, fotografia recente nas especificações da Resolução do TSE, certidões criminais e prova de alfabetização, entre outros dados.

 

Fátima Bernardes recebe cachê milionário após deixar o Encontro
Foto: Reprodução/TV Cultura

A apresentadora Fátima Bernardes, veterana da Globo, que deixou o Encontro recentemente, apesar da ausência do programa, continua com sua carreira em alta. A jornalista fechou um contrato milionário com uma marca de cosméticos e perfumes.

 

De acordo com o colunista Gabriel Perline, do iG Gente, Fátima Bernardes embolsou nada menos que a bagatela de R$ 1,5 milhão para protagonizar uma propaganda da marca que aborda o combate ao etarismo – preconceito contra pessoas de idade avançada.

 

Além da campanha já ter sido vinculada nas redes sociais, também poderá ser vista na televisão. Inclusive, Fátima Bernardes atualmente tem um dos cachês mais caros do meio artístico. As informações são do Metrópoles.

Prazo para registro de candidaturas se encerra nesta segunda

 

Prazo para registro de candidaturas se encerra nesta segunda
Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias

Termina nesta segunda-feira (15) o prazo para os partidos políticos, as federações e as coligações darem entrada no registro de candidatos a presidente e a vice-presidente da República, governadores e vice-governadores, senadores, deputados federais, estaduais ou distritais. Os nomes enviados à Justiça Eleitoral, se aprovados, estarão nas urnas eletrônicas em 2 de outubro para escolha popular. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

O prazo final de cadastro está previsto no calendário eleitoral de 2022. O limite para entrega de dados é às 8h, para as candidaturas apresentadas pela internet, e às 19h, para a entrega de mídias com a documentação necessária diretamente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – no caso dos candidatos a presidente – ou nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) – nos demais casos. A legislação eleitoral prevê que, no mínimo, 30% dessas candidaturas às eleições proporcionais deverão ser preenchidas por mulheres.

 

Segundo regras previstas em resolução do TSE, o pedido de registro precisa ser acompanhado da ata da convenção e da respectiva lista de participantes, que deverão ter sido inseridos no sistema CANDex e enviados via internet, ou arquivos digitais gerados pelo sistema entregues à Justiça Eleitoral.

 

No pedido de registro de candidatura, deve ser informado o nome para constar na urna eletrônica. É possível incluir o nome fonético de postulantes, para uso de recursos de acessibilidade da urna.

 

Também devem ser apresentadas: relação de bens, fotografia recente nas especificações da Resolução do TSE, certidões criminais e prova de alfabetização, entre outros dados.

Defesa da democracia pela elite não engaja para enfrentar autoritarismo de Bolsonaro

 

Defesa da democracia pela elite não engaja para enfrentar autoritarismo de Bolsonaro
Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas

Superado o furor da mídia e da elite do eixo Rio - São Paulo - Brasília, as cartas em defesa da democracia ficaram restritas aos círculos de poder dos três centros. Aqui e acolá aconteceram manifestações de apoio, mas a imensa maioria da sociedade civil permaneceu em silêncio, como se o ato na Faculdade de Direito da USP fosse um dia como outro qualquer. E foi. Porém os entusiastas dos documentos acabaram empurrando o episódio como uma tentativa da esquerda para mobilizar a população contra Jair Bolsonaro. Agora é lidar com a ressaca da ação.

 

Foram mais de 1 milhão de assinaturas no documento mais politizado dos dois - o da Federação das Indústrias de São Paulo se manteve em cima do muro para evitar celeumas com apoiadores de grande quinhão do bolsonarismo. No ato de leitura, até houve tentativas de tornarem “popular” o projeto, simulando uma diversidade inexistente na realidade. O povo, base da democracia, ficou muito aquém de ser representado pelos pedidos de respeito ao Estado de Direito, que constantemente desrespeita a própria existência da população (especialmente de pretos e pobres, mas isso é uma discussão mais profunda).

 

Assim que terminou o ato, a esquerda se apropriou dele. Transformou a assinatura numa fronteira para separar quem defende a democracia e quem é contrária a ela. É exatamente o discurso esperado pelos apoiadores do presidente Bolsonaro, aquele que deveria ser o alvo das críticas e ataques pelo histórico de questionar o funcionamento das instituições. É colocar todo mundo no mesmo balaio, ainda que outros fatores tenham levado a não endossar qualquer um dos documentos.

 

Parto do pressuposto que todos devem atuar para defender o Estado Democrático de Direito. Essa defesa deve ser no dia a dia e através de simbolismos como o último dia 11 de agosto. Porém o que se viu na última quinta-feira está muito longe de representar uma força efetiva contra a ameaça autoritarista real de Bolsonaro. Em 2018, também chegou a haver um pouco de mobilização contrária a eleição dele, por meio do movimento #EleNão, que não apenas não logrou êxito como também deu munição para quem o apoiava. Se for para evitar a instrumentalização do povo para as eleições, há um longo caminho a se percorrer.

 

Enquanto isso, os apoiadores do presidente seguem em mobilização para o 7 de Setembro, para refazer os passos de 2021, quando o próprio Bolsonaro vociferou contra a democracia e contra o Estado de Direito. O silêncio em defesa da democracia já é incômodo. A falta de capacidade de mobilização contra o uso do Dia da Independência como uma data para apoio irrestrito ao projeto de poder de Bolsonaro é ainda mais.

Gerson comenta fala de Raphinha após empate contra o Uruguai: “Querem vencer assim como nós”

                                                                                   Após o empate entre Brasil e Uruguai por 1 a 1, na Casa d...