Relatório sobre a eleição brasileira publicado pela Gavekal, influente consultoria financeira baseada em Hong Kong, prevê que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) não conseguirão abandonar totalmente o atual arranjo fiscal, apesar de se colocarem contra o teto de gastos.
"Há razões para acreditar que haverá restrições institucionais políticas e econômicas que impedirão o candidato vitorioso a abandonar completamente a âncora fiscal atual sem alguma forma de substituição", diz o relatório, com data de 14 de setembro.
O documento, distribuído para clientes em todo mundo, afirma que a flexibilização do teto em razão da pandemia pelo governo Bolsonaro fez "excelente sentido". " Em vez da contração de 9% inicialmente prevista, a economia brasileira caiu ‘apenas’ 4% em 2020", afirma.
O relatório também faz uma previsão otimista sobre a economia do país, em razão sobretudo da recuperação no valor das commodities e da melhora dos termos de troca no comércio internacional.
"Assim como o medo de uma explosão da dívida brasileira pós-pandemia se mostrou bastante exagerado, é provável que o pessimismo sobre o cenário de longo prazo também se prove sem fundamento".
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