O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (28) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para ser o próximo presidente da instituição. O nome de Galípolo agora precisa ser aprovado pelo Senado, após sabatina que deve ser marcada nos próximos dias.
Gabriel Galípolo, que entrou no BC em 12 de julho do ano passado, indicado por Lula, substituirá o atual presidente, Roberto Campos Neto, que está na presidência do banco desde 28 de fevereiro de 2019. Campos Neto foi indicado pelo então presidente, Jair Bolsonaro, e vinha sendo acusado por Lula, membros do governo e parlamentares do PT de atuar contra o país, ao não promover uma redução mais acelerada da taxa de juros.
O futuro presidente do Banco Central disse a jornalistas ser uma honra enorme e grande responsabilidade ter ser o indicado do Palácio do Planalto para comandar a autoridade monetária brasileira.
“A indicação ainda depende da aprovação do Senado, então por isso que eu vou ser breve. Na mesma magnitude é uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa ser indicado à presidência do Banco Central do Brasil pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É uma honra enorme e grande responsabilidade. Estou muito contente”, disse Galípolo.
Ao fazer o anúncio da indicação de Galípolo, o ministro Fernando Haddad disse que conversará com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para decidir a melhor data para a realização da sabatina.
“Quero crer que estão sintonizados os presidentes, Pacheco e Lula, em relação à importância dessa indicação. Lula já vinha conversando com ele sobre isso. Vamos respeitar a institucionalidade da Casa, que tem seu ritmo, seus afazeres e vai saber julgar o melhor momento de fazer a sabatina”, afirmou Haddad.
Aos 42 anos, Gabriel é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e tem pós-graduação em política econômica pela PUC-SP. Em seu currículo, consta também a fundação, em 2009, da Galípolo Consultoria, da qual foi sócio-diretor até 2022. Entre 2017 e 2021 foi presidente do Banco Fator.
Em 2023, antes de ser indicado ao seu atual cargo de diretor de política monetária no Banco Central, Galípolo era o número 2 do Ministério da Fazenda como secretário-executivo.
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