Fpto: Nelson Jr. / ASICS / TSE
Diferente do ocorrido nas últimas eleições, o pleito de 2018 seguirá uma nova ordem de votação. Agora, os deputados federais, com quatro dígitos, serão os primeiros a ser escolhidos. Na sequência, o eleitor deve escolher seu candidato para deputado estadual, com cinco dígitos, primeiro e segundo senador, com três dígitos cada, governador, com dois dígitos, e presidente, também com dois dígitos.
Essa ordem não-lógica, com os deputados federais à frente dos estaduais beneficia os postulantes à Câmara. Isso porque acredita-se que o eleitor chega mais engajado para a votação, que inclui seis candidatos.
Para o cientista político Joviniano Neto, estabelecer que os deputados devem ser escolhidos antes dos candidatos ao Executivo é uma forma de “pressionar” o eleitor a votar nos parlamentares para que só depois ele chegue ao cargos que considera mais importantes, “com caneta na mão”. “Agora o pessoal começou a descobrir que não adianta eleger presidente sem eleger Câmara pra apoiar ele. Mas a tendência, o mais importante é presidente e governador, então se você deixasse esses dois na frente, o pessoal poderia desleixar os outros, então botaram os deputados primeiro”, explica Joviniano, que é professor do Mestrado em Segurança Pública e Justiça em Cidadania da Universidade Federal Bahia (Ufba), em entrevista ao Bahia Notícias.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela instituição, ele avalia que isso ocorre porque muitas pessoas definem seu voto para o Executivo rapidamente, o que não ocorre com os demais cargos.
Outro fator que o cientista acredita contribuir para essa ordem são as coligações partidárias. "Como quem faz a lei são os deputados federais, eles favorecem a eleição deles e dos estaduais porque faz a dobradinha. É uma decorrência do interesse dos partidos de se fortalecer", pontua. Para esta eleição, o eleitor baiano deve escolher um nome entre 643 deputados estaduais e outro em 503 federais.
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