Foto: Governo de Transição
Deputados baianos integrantes da Comissão de Educação (CE) da Câmara dos Deputados enxergam de maneiras completamente opostas a relação e o diálogo do governo com o colegiado. Enquanto para o deputado federal Bacelar (Podemos) a situação deve ser vista com preocupação, uma vez que tal interlocução é "a pior possível" e "um diálogo de surdos", para Dayane Pimentel (PSL) tudo está "excelente".
De acordo com a vice-presidente da Comissão, deputada federal Alice Portugal (PCdoB), as informações obtidas pelo colegiado a respeito das intenções e projetos do MEC para a educação brasileira se deram apenas por meio de declarações feitas publicamente pelo atual ministro Abraham Weintraub, uma vez que a pasta até o momento não manteve nenhum diálogo com a CE.
A troca de titularidade da pasta, com a saída de Vélez Rodrigues e nomeação de Weintraub, em três meses de governo, foi apontada como um dos causadores do diálogo “inexistente” entre governo e a comissão por Alice e por Bacelar. “A comissão não tem um deputado que seja interlocutor do governo, que fale pelo governo, isso é disperso, e com essas mudanças na pasta não dá para ter estabilidade. Qualquer observador vai dizer que não existe interlocução nenhuma, nem tanto por falta de vontade, ou por falta de decisão política, é pela instabilidade no MEC”, avaliou Bacelar.
Já na visão da deputada Dayane Pimentel a relação do Ministério da Educação com a comissão é excelente desde o começo da gestão do presidente Jair Bolsonaro, “pois há disposição para o diálogo com os parlamentares da Comissão”. A presidente do PSL na Bahia também ressaltou como um ponto positivo a disponibilidade do ministro para responder questionamentos do colegiado em uma reunião agendada para o próximo dia 15 de maio. “Por dominar bem também as questões administrativas da pasta, poderá esclarecer para os membros da comissão aspectos e detalhes sobre os principais projetos de interesse para os brasileiros”, completou Dayane.
Sobre a visita de Weintraub a uma reunião da CE, Alice antecipou alguns dos questionamentos que serão feitos ao titular do MEC. “O que ele tem a dizer sobre educação, educação para todos, para os deficientes, para as mulheres, e educação sexual nas escolas”, explicou a comunista.
“Obter dele [Weintraub] respostas, porque o primeiro [Vélez] não tinha o que dizer, não tinha projetos, planejamento, conhecimento da rede educacional. Espero que ele dê respostas”, disparou Alice sobre a expectativa da reunião com o ministro.
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