Vice-presidente da Fieb acusa atual presidente de cometer ilegalidades

Mário Augusto Rocha Pithon é um dos quatro vice-presidentes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Opositor declarado do presidente Ricardo Alban, Pithon representou nesta quarta-feira (30) ao Ministério Público Estadual contra a atual administração da entidade apontando diversas supostas irregularidades que estariam acontecendo.

“Pedimos para que o Ministério Público se manifeste a respeito do descumprimento constante do estatuto da Fieb em diversos pontos, como: o conselho fiscal que deveria ter três membros e só tem dois. Há também a inexistência do diretor responsável pela área financeira”. O vice-presidente diz ainda que a própria eleição de Alban fere o artigo 538 da CLT que determina mandato de três anos e não quatro.

A representação contém dez itens apontados como irregulares. O último afirma que há a necessidade de auditoria de gestão e não apenas contábil. No documento entregue ao MP-BA os advogados de Pithon argumentam que há uma necessidade urgentíssima de se contratar uma auditoria de gestão para que se avaliasse, de forma isenta e imparcial, todas as ilegalidades e violações do Estatuto perpetradas pelas atual gestão.

Escrevem eles, “ao revés de contratar uma Auditoria de Gestão, os atuais gestores da Fieb limitaram-se à contratar uma Auditoria meramente Contábil, a fim de verificar a corretude de suas contas, certamente por ter exata noção do que a Auditoria de Gestão apontaria uma infinidade de falhas procedimentais, violações grosseiras do Estatuto e à própria legislação federal”.

O texto continua “em comparação grosseira, e não querendo comparar as ilegalidades perpetradas, é o mesmo que se realizar – atualmente- uma Auditoria nas contas da Petrobras: certamente os números estarão corretos, contudo, os procedimentos tal auditoria não se aprofundará ao ponto de diagnosticar a série de irregularidades que vem sendo cotidianamente anunciadas na mídia”.

O documento encerra com uma mensagem de Pithon afirmando que a “Fieb é exemplo de um Brasil que precisa mudar”.